Cavaleiros do Norte de Santa Isabel, todos furriéis milicianos: Agostinho
Belo, Ângelo Tuna Rabiço (que hoje festeja 66 anos, em Guimarães),
José Adelino Querido, Victor Guedes (falecido, de doença, a 16 de Abril
de 1998, em Lisboa) e António Fernandes
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Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa vão reunir a 24 de Setembro, em Guimarães. A imagem de cima mostra o Beato, Oliveira, Ferreira, Tomás, Samuel, Almeida e Couto. Em baixo, o (ex-furriel) Freitas Ferreira, organizador local do encontro de Guimarães |
A 2ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte, a de Aldeia Viçosa, vai realizar o seu 16º. encontro anual, deste vez marcado para Guimarães e no dia 24 de Setembro de 2016.
A concentração será junto ao castelo, por volta das 10 horas da manhã, seguindo-se uma visita guiada ao centro histórico, como «aperitivo» para o almoço de confraternização - que decorrerá no restaurante «Histórico Papa Boa», por volta das 13 horas.
Os interessados em participar podem (e devem) fazer a inscrição até ao dia 11 de Setembro, directamente para o (1º. cabo) José Maria Beato, pelos telefones 224221948 e 963573376. Ou para o (ex-furriel miliciano) Ramalho (266707300 e 966095508).
Um comunicado do COPCON de 13 de Agosto de 1975, revelou «estarem detidas 10 pessoas, membros de organizações fascistas», que «estariam em ligação estreita com organizações políticas actualmente existentes, das quais algumas tem sede em Espanha».
Aparentemente, teria sido descoberta «uma rede contra-revolucionária» que, no essencial pretenderia criar instabilidade política e social e acções de sabotagem, visando criar um clima de insegurança social. Por outras palavras, estariam a estimular condições para o golpe de estado de que ontem aqui falámos.
O COPCON falava também em «acções de vandalismo e terrorismo político» e apontava membros da Maioria Silenciosa de 28 de Setembro de 1974 como alguns dos contra-revolucionários.
Ao mesmo tempo e por Luanda, fontes militares portuguesas confirmavam que «o MPLA mantém o controlo total da cidade», significando isso que FNLA e UNITA estavam fora da capital, o que punha Agostinho Neto na posição que já pré-anunciara: declarar a independência unilateral de Angola.
Os conflitos continuavam em Nova Lisboa (onde já teriam chegado 30 000 refugiados de vários pontos de Angola e iriam ser «evacuados os elementos do MPLA», depois dos conflitos havidos), em Sá da Bandeira (com 7000 refugiados nos quartéis portugueses), no Lobito e em Benguela (onde uma relativa calma como que antecipava «um agravamento da situação dentro de dias») e em Cabinda (de onde já saíra a FNLA e os militares da UNITA estavam refugiados nos quartéis das NT).
Nova Lisboa era de onde, desde a véspera (12 de Agosto de 1975), a TAP «iniciara a evacuação de refugiados brancos», numa média de 700 por dia. Muitos dias se passariam (!) para tentar evacuar os 30 000 que lá estavam, «fugidos aos combates entre movimentos rivais, no leste e no sul», mais, naturalmente, os residentes.
As autoridades portuguesas planeavam, a esse tempo de há 41 anos, «evacuar entre 250 000 e 300 000 brancos para Portugal e até 31 de Outubro».
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