O Almirante Leonel Cardoso no discurso na cerimónia da independência
de Angola, `s 12,20 horas de 10 de Novembro de 1975,
no Palácio do
Governador, em Luanda. Foto cedida por Leonel Cardoso, filho). Ver AQUI
de Angola, `s 12,20 horas de 10 de Novembro de 1975,
no Palácio do
Governador, em Luanda. Foto cedida por Leonel Cardoso, filho). Ver AQUI
Última continência à Bandeira de Portugal em Angola, a 10 de Novembro de 1975 |
O último discurso da soberania de
Portugal em Angola foi proferido às 12,20 horas de 10 de Novembro de 1975, pelo Alto Comissário Leonel Cardoso, no Palácio do Governador.
"Portugal nunca pôs, nem poderia pôr em causa a data histórica de 11 de Novembro, fixada para a independência de Angola, que não lhe compete outorgar, mas simplesmente declarar. Nestes termos, em nome do Presidente da República Portuguesa, proclamo solenemente - com efeito a partir das 00,00 horas do dia 11 de Novembro de 1975 - a independência de Angola e a sua plena soberania, radicada no Povo Angolano, a quem pertence decidir as formas do seu exercício", disse o Alto Comissário, acrescentando que «e assim, Portugal entrega Angola aos angolanos depois de quase 500 anos de presença, durante os quais se foram cimentando amizades e caldeando culturas, com ingredientes que nada poderá destruir».
A última Bandeira de Portugal a ser arreada em Angola. Há precisamente 40 anos! |
O discurso pode ser lido AQUI.
O dia 10 de Novembro de 1975, em Luanda, foi de «tranquilidade total», segundo relatou o Diário de Lisboa. «O presidente Agostinho Neto proclamará esta noite, às 00,0 horas, a independência de Angola, sendo horas depois investigo no cargo de Presidente da República, devendo Lúcio Lara desempenhar as funções de 1º. Ministro», noticiava o DL, acrescentando que «uma ampla mobilização popular assegura a limpeza da cidade e a sua decoração, enquanto as FAPLA, substituindo-se aos militares portugueses, garantem a ordem pública e a protecção de todos os cidadãos».
A Bandeira Portuguesa, noticiava o jornal, «será arreada esta tarde, ao por do sol, na fortaleza de S. Miguel, começando de seguida o embarque dos navios Uíge, Niassa e Gil Eanes dos fuzileiros e paraquedistas, últimas forças portuguesas a abandonarem o território angolano».
Assim foi anunciado o grande dia da nação angolana. Faltava saber as posições da FNLA (a norte) e da UNITA (a sul).
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