Cavaleiros do Norte no Quitexe: tenente Mora, furriéis Neto, Viegas e Monteiro
e 1º. cabo Miguel (da CCS) e furriéis Reino (?) e Aldeagas (3ª. CCAV. 8423)
Um furriel (Viegas) disfarçado de mulher, numa das muitas brincadeira do Quitexe, que teve. a 25 de Novembro de 1974, uma ida ao cinema do Clube local |
A 27 de Novembro de 1974, realizou-se mais uma reunião de comandantes do Comando do Sector do Uíge (CSU), de novo no BC12, em Carmona, e por razões de planeamento operacional. Lá esteve, como comandante interino do BCAV. 8423, o capitão José Paulo Falcão.
A vida, pela ZA dos Cavaleiros do Norte, continuava tranquila. Apenas a registar alguma «agitação» na Fazenda Santa Isabel, aquartelamento da 3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes e onde, segundo o Livro da Unidade, «se iniciaram os preparativos para o seu movimento para o Quitexe, a realizar no princípio de Dezembro». Completar-se-ia no dia 10 deste mês de 1974.
Achei no meu arquivo a foto aqui ao lado, assim legendada, a 25 de Novembro desse 1974: «E que tal a «garota»? Não, não é nenhuma conquista, sou eu...». Eu mesmo, revisto 41 anos depois e numa imagem que, em outro ângulo, já aqui foi aparentada, nomeadamente historiando «o furriel «travestido» que foi ao cinema». Reler AQUI.
O dia era de quarta-feira e em Lisboa, na véspera, o Conselho de Estado esteve reunido 7 horas e, segundo o Diário de Lisboa, «decidiu criar o cargo de Alto Comissário para Angola». A reunião teve participação de Rosa Coutinho, que se «retirou após a votação do decreto que cria aquele lugar» e, à tarde, esteve reunido com Costa Gomes, o Presidente da República.
«Angola independente em 1975», prevê Rosa Coutinho. Título da última página do Diário de Lisboa de 27 de Novembro de 1974 |
«Poderei dizer que 99,9% da população de Angola, se consultada a esse respeito, é a favor da independência. E sendo a favor da independência neste processo de descolonização em curso, muito naturalmente pretende ver esse seu desejo realizado no mais curto espaço de tempo possível», disse Rosa Coutinho, sublinhando que «a Portugal não incumbe retardar o processo se não na medida em que uma aceleração prematura poderia induzir maus resultados».
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