A Fazenda Santa Isabel, onde esteve aquartelada a 3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes |
A 2 desse mesmo mês, houve troca de pelotões da 3ª. CCAV., em «missão de serviço» no Quitexe. Chegou o grupo do alferes Carlos Silva, que integrava os furriéis milicianos Alcides Ricardo e António Luís Gordo, e partiu o do alferes Augusto Rodrigues, com os furriéis Graciano Silva e José Fernando Carvalho. A rotação total da CCAV. 8423, de Santa Isabel para o Quitexe, seria em Dezembro seguinte - completando-se no dia 10.
A 3 de Novembro de
1975, um ano depois (há 40!!!), as notícias não eram as melhores. A independência de Angola estava marcada para o dia 11 e quanto a cessar fogo, não... havia!!! E o Governo Português fazia saber que não iria estar presente nas cerimónias comemorativas - embora se admitisse, ao tempo, que o Alto Comissário Leonel Cardoso «esteja em Luanda», segundo noticiavam as Agências Reuters, France Presse e ANOP, citadas pelo Diário de Lisboa.
Quanto à cimeira, foi reiniciada precisamente a 3 de Novembro de 1975 e confirmava-se o não cessar-fogo que chegou a ser anunciado para as 6 horas de 1 de Novembro. «A Luanda, chegam notícias de confrontações armadas nas três frentes, o que desmente a anunciada trégua em todo o território», noticiava o Diário de Lisboa.
Ordem de serviços com as rotações de dois grupos dos Cavaleiros do Norte de Santa Isabel, de e para o Quitexe |
O MPLA mantinha a sua intransigente posição de «não aceitar qualquer reconcialiação» com a FNLA e a UNITA, que rotulava de «movimentos fantoches». O presidente Agostinho Neto reafirmou isso mesmo na 5ª.-feira anterior (30 de Outubro), em vésperas da Cimeira de Campala, convocada por Idi Amin (presidente da OUA e do Uganda).
Notícia do Diário de Lisboa de 3 de Novembro de 1975, sobre o não cessar-fogo em Angola |
A OUA decidiu convocar uma reunião de emergência, «afim, de discutir o conflito angolano». Idi Amin propôs o envio de «uma força de paz africana», mas tal foi recusado pelos três movimentos.
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