Cavaleiros do Norte da CCS e 3ª. CCAV. 8423. Atrás, Cardoso, Carvalho, Bento,
Costa (Morteiros) e Fernandes. Sentados, Rocha, Viegas, Morais, Pires
(Bragança), Fonseca e Flora. À frente, de óculos, o Ribeiro. Todos furriéis milicianos
Furriéis milicianos de Zalala: Costa, Queirós e João Dias. À frente, Manuel Dinis Dias, falecido a 20 de Outubro de 2011 |
A independência de Angola foi proclamada a 11 de Novembro de 1975, mas a guerra civil não parou. O Diário de Lisboa do dia seguinte (12), na perna do jornalista Eugénio Alves, dá conta que, e citamos, depois de «grandes momentos de entusiasmo e exaltação patriótica (...), também nas frentes de combate, onde a luta nunca cessou, se noticiam novos encontros».
Era o caso de Cabinda, onde se registou «o rechaçar de mais uma tentativa agressora da FLEC, que teve de bater em retirada», e a norte, onde «as FAPLA avançam na chamada «rota do café», tendo tomado Porto Quiri, Úcua e Quibaxe». Localidades que fica(va)m no caminho, acrescentamos nós, de Ponte do Dange, Vista Alegre, Aldeia Viçosa e Quitexe, antes de, na mesma estrada do café, chegarem a Carmona - terras onde jornadearam os Cavaleiros do Norte e eram o grande reduto da FNLA e do seu ELNA. A sul, ainda segundo o DL, combatia-se na Balabaia, abaixo de Novo Redondo, «no intuito de se oporem às forças mercenárias».
O MPLA formava governo e Lúcio Lara era indicado como 1º. Ministro e Mário de Andrade como possível nos Negócios Estrangeiros. Outros nomes, indicados como prováveis: Garcia Neto e Lopo do Nascimento (também para os Negócios Estrangeiros), Iko Carreira (Defesa), Carlos Rocha (Coordenação Económica), David Bernardino (Saúde) e Rui Monteiro (Informação).
«Angola no «top» mundial: Governo MPLA talvez amanhã», noticiava o Diário de Lisboa de 12 de Novembro de 1975 |
Nas restantes subunidades, lê-se no Livro da Unidade, «foi mantida a actividade desenvolvida do antecedente, excepção feita à 3ª. CCAV. 8423, na qual se iniciaram os preparativos para o seu movimento para o Quitexe, a realizar no início de Dezembro». E assim foi.
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