Neto, Viegas e Monteiro, os três furriéis milicianos «Rangers»
da CCS dos Cavaleiros do Norte. No Quitexe, em 1974
O Carvalho e o (furriel) Rodrigues, no encontro da Póvoa do Lanhoso, a 14 de Novembro de 2015 |
Falamos do Monteiro, do Viegas e do Neto, ao tempo colocados no quartel-sede do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE) de Lamego - já como monitores de instrução e depois do curso «Ranger» concluído a 29 de Setembro e, já agora, iniciado no Destacamento de Penude no dia 16 de Julho anterior.
O Victor Cunha e o Horácio Teixeira, no encontro da Povoa do Lanhoso |
Um ano depois e já na jornada africana do Uíge, estávamos no Quitexe - onde foi tirada a foto de cima. Por esse tempo, soube-se que a 15 e 16 desse Novembro de há 41 anos, a aviação portuguesa atacou no Enclave de Cabinda, para, segundo o Diário de Lisboa do dia 18, «reprimir um motim no norte, perto da fronteira com o Congo» - chegando a violar o espaço aéreo deste país. Tratava-se da tentativa de libertação dos 22 militares detidos no forte, por antigos Tropas Especiais (TE) afectos à FLEC. Os TE «retiraram para território congolês», onde as autoridades locais «tomaram conta dos reféns portugueses e prenderam um mercenário francês».
«Situação grave na Frente Sul de Angola, titulava o Diário de Lisboa de 17 de Novembro de 1975 |
Invasores que, ainda segundo o Diário de Lisboa desse dia, «auxiliados por mercenários portugueses, tiveram de retirar ao longo de toda a linha Caxito/Barra do Dande/Libongos, situando-se agora o seu reduto no Ambriz, onde estabeleceram fortes defesas».
Após as tentativas de 7 e 10 de Novembro, para tomar Luanda, «as forças ocupantes foram completamente rechaçadas pelas FAPLA, sofrendo 600 mortos e perdendo 8 blindados, além de muito outro material de guerra». No dia 10, foi morto o tenente Pais, ex-oficial da FAP e, neste caso, comandante do destacamento de blindados da FNLA.
A ordem de serviço do CIOE com a mobilização dos futuros furriéis milicianos Monteiro, Viegas e Neto, |
«Quando conquistavam qualquer cidade, abandonam-a poucas horas depois, logo que a UNITA e a FNLA cheguem», sublinhava o jornal vespertino de Lisboa, em serviço especial enviado pelo Diário de Luanda.
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