Cavaleiros no «assalto» de Geraz do Minho: o Manuel N. Amaral (Bolinhas),
o (furriel) Jorge Barreto, o António Agra (Famalicão), o (furriel) Américo
Rodrigues e, de perfil e barbas, o Alberto Pimenta (mecânico)
Cavaleiros do Norte no «assalto» de Geraz do Minho, a 14 de Novembro de 2015. Todos eles de boca cheia, menos o (falador) Plácido Queirós |
A 18 de Novembro de 1974, uma segunda-feira, o capitão José Paulo Falcão participou em Carmona (e no BC12) em mais uma reunião de comandantes do Comando do Sector do Uíge (CSU). Agora tenente-coronel aposentado e residente em Coimbra era, ao tempo, o comandante interino do Batalhão de Cavalaria 8423.
O Jorge Barreto e o Manuel Neves Amaral (o Bolinhas). com o filho (ao meio) |
O Diário de Lisboa desse dia acrescentava que «os acontecimentos de Luanda tem analogias surpreendentes com o 28 de Setembro de Lisboa». O que significaria serem «golpe de força ou um simples tactear da situação, qualquer destas hipóteses faz recordar esta tentativa fascista de Portugal».
As tentativas de sabotagem económica, escrevia o jornalista Eugénio Alves, no DL, «ligadas à campanha insidiosa lançada contra a Junta Governativa e mais veladamente contra o MPLA, ligadas também aos comunicados e posições assumidas por organizações como a FNLA, FUA e PCDA, teriam como objectivo preparar emocionalmente a opinião pública para um golpe de força»
O presidente da Junta Governativa falou também, e cito de novo o Diário de Lisboa, da «reocupação do quartel de Chimbueti, em Cabinda, ocupado durante vários dias por membros da FLEC e mercenários, comandados por um indivíduo louro, de forte compleição física e que se supõe ser belga».
Na Angola já independente, já um ano depois, «as FAPLA progridem(iam) na Frente Sul», como titulava o Diário de Lisboa, na sua primeira página. O que «acontecia pela primeira vez, nas duas últimas semanas». Não se confirmava a tomada de Novo Redondo (pelas chamadas «forças invasoras»), confirmando-se antes que «as linhas defensivas das FAPLA avançaram, encontrando-se agora a escassos quilómetros do Lobito».
Notícia sobre a actualidade angolana, a 18 de Novembro de 1975: «A FAPLA progridem na Frente Sul» |
Na frente de Samba Caju, as FAPLA «conquistaram posições muito próximas de Camabatela» - que fica(va) muito perto do Quitexe e a uns 50 quilómetros da base aérea do Negage, por sua vez muito próxima de Carmona. A Carmona e o Uíge que os Cavaleiros do Norte tinham deixado a 4 de Agosto desse ano de 1975.
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