Cavaleiros do Norte no Quitexe: José Fernando Carvalho (de bigode) e José
Lopes (atrás), Agostinho Belo (de óculos), Armindo Reino (de bigode), António
Flora (a rir) e António Lopes (de mãos nos óculos), Nelson Rocha e Viegas (à frente)
Os furriéis milicianos António Carlos Letras e António Milheiros Chitas, da 2ª. CCAV. 8423 - a de Aldeia Viçosa. O Chitas est(ar)á a trabalhar em Angola |
Os Cavaleiros do Norte, aos 28 dias de Novembro de 1974, continuavam pelo Uíge, na sua jornada africana. Ao tempo, muito tranquila, como por aqui já lembrámos.
As rotações ocorridas (e a ocorrer) aproximaram mais as 4 companhias do Batalhão de Cavalaria 8423 e, sabendo-se já que a 3ª. CCAV. ia juntar-se à CCS, no Quitexe, mais se sustentou a expectativa de uma eventual antecipação do nosso regresso a Portugal. Bem enganados estávamos.
O dia era de quinta-feira e em Dar-es-Salan, uma comissão especializada da Organização de Unidade Africana (OUA), constituída por 8 elementos e chefiada pelo brigadeiro Olufemi Olutrye, da Nigéria, recomendou «o imediato reconhecimento da UNITA».
A recomendação, segundo o Diário de Lisboa, «porá termo a vários anos de ostracismo a que a UNITA foi votada pelos Estados africanos» e, sublinhava o vespertino da capital portuguesa, «parecia inevitável, face à intenção que anima Lisboa de constituir um governo provisório em Luanda, formado por elementos daquele movimento e das duas outras organizações reconhecidas pela OUA» - a FNLA de Holden Roberto e o MPLA de Agostinho Neto.
O Diário de Lisboa de 28 de Novembro de 1974 noticiava o provável reconhecimento da UNITA, pela OUA |
Há 41 anos, ia assim o processo de descolonização de Angola.
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