Rogério Raposo e Plácido Queirós (furriel), Cavaleiros do Norte de Zalala, foram à caça. Quem reconhece o militar da direita? |
A 22 de Novembro de 1974, o capitão José Paulo Falcão voltou a participar na reunião do Comando do Sector do Uíge (CSU); no BC12, em Carmona. Exercia interinamente as funções de comandante do Batalhão de Cavalaria 8423 e, ao tempo, definiam-se estratégias operacionais da Zona de Acção (ZA).
Almeida e Brito, o tenente coronel que comandava o nosso BCAV., estava de férias em Lisboa e, pela nossa Zona de Acção (ZA), ia tudo muito tranquilo, enquanto se ultimavam mais rotações - nomeadamente a da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, para Vista Alegre e Ponte do Dange.
Em Luanda, o MPLA considerou «chegado o momento de declarar solenemente que está aberto a todas as funções que possam contribuir para a resolução dos principais problemas que afectam a vida nacional».
Lúcio Lara, o chefe da delegação do MPLA, disse mais: «Isto quer dizer que o MPLA está
pronto a participar num Governo (...) que, com os movimentos de libertação, encontrem as fórmulas que se impõem para a continuidade política, económica e social de Angola».
Notícia do Diário de Lisboa de 22 de Novembro de 1974: «O MPLA pronto a participar num Governo de transição» |
O encontro teria o patrocínio de Mobutu Sese Seko (presidente do Zaire) e envolveria dirigentes como Holden Roberto (presidente da FNLA), Jonas Savimbi (idem, da UNITA), Daniel Chipenda (da facção do seu nome) e Simão Toco (um líder religioso).
Isto enquanto, lá pelo norte uíjano, continuava o programa de restauração da redes estradal, a cargo da Junta Autónoma de Estradas de Angola (JAEA) - com protecção de escoltas dos Cavaleiros do Norte.
«Portugal contra a intervenção sul-africana em Angola», titulava o Diário de Lisboa de 22 de Novembro de 1975 |
A África do Sul, porém e a partir de Pretória, fez lembrar que enviou tropas para Angola com «conhecimento prévio e aprovação do Governo Português, a fim de proteger o projecto hidro-eléctrico do Cunene, logo ao norte da fronteira».
O ministro da Defesa, Pieter Botha acrescentou que «o envio de tropas fora feito no interesse do povo angolano e das pessoas que trabalham perto do projecto, uma empresa conjunta sul africana-portuguesa para abastecimento de energia eléctrica e água a Angola e ao Sudoeste Africano» - a Namíbia.
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