Vista Alegre, em foto do (1º. cabo mecânico de armas) Carlos Ferreira,
tirada em Dezembro de 2012. Aqui esteve, há 41 anos, o comandante
Almeida e Brito, em visita operacional à 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala,
comandada pelo capitão miliciano Davide Castro Dias
O 1º. cabo Manuel Quaresma da Silva, apontador de morteiros da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel. Faleceu há 12 anos, a 6 de Abril de 2004, vítima de doença e em Cacia (Aveiro), de onde era natural |
O comandante Almeida e Brito esteve em Vista Alegre a 5 de Abril de 1975, hoje se fazem 41 anos. Fez-se acompanhar dos capitães José Diogo Themudo (2º. comandante) e José Paulo Falcão (oficial adjunto e de operações) e a deslocação inseria-se no plano de «visitas aos comandos das subunidades».
Os tempos por Carmona (e pelo Uíge, no Quitexe e Vista Alegre/Ponte do Dange, terras dos Cavaleiros do Norte...) continuavam muito iguais aos das últimas semanas, se bem que fosse cada vez mais notória a hostilidade entre a FNLA (que era, entre os movimentos de libertação, a força dominante da região) e o MPLA. Da UNITA, por lá pouco se ouvia falar - sabendo-se, embora, da sua existência, como óbvio é. Não estava suficientemente implantada na região uíjana.
Por Luanda, onde eu e o Cruz continuávamos a laurear as nossas férias, o dia desse sábado (5 de Abril de 1975) foi aproveitado para turistar pelos pontos mais relevantes da capital, a que nos levou o conterrâneo Albano Resende (no seu Toyota), com regalado almoço num restaurante da ilha e jantar num outro, na cidade - onde trabalhava outro conterrâneo, o Neca Taipeiro, curiosamente um dos dois primeiros militares da minha aldeia (com o Aníbal Reis)a ser mobilizado para Angola, em 1961.
A vida da cidade continuava «incidentada», mas isso parecia passar ao lado da comunidade civil, que a desfrutava sem limites, enchendo praias, cinemas, restaurantes e esplanadas! Liam-se notícias de Portugal, onde decorria a campanha eleitoral para as eleições constituintes, e em Dar-es-Salam iniciou-se a cimeira dos presidentes da Tanzânia, Zâmbia e Zaire, para «discutir problemas comuns e a situação de Angola». Procurariam, entre outros pontos, chegar a acordo sobre «o apoio a dar ao movimento que ganhe a maioria nas eleições de Outubro», como relatava o Diário de Lisboa desse dia.
O dia, por outro lado, foi o da assinatura do acordo de transferência para Angola de «toda a orientação financeira do país, nomeadamente a actividade bancária».
Por Luanda, onde eu e o Cruz continuávamos a laurear as nossas férias, o dia desse sábado (5 de Abril de 1975) foi aproveitado para turistar pelos pontos mais relevantes da capital, a que nos levou o conterrâneo Albano Resende (no seu Toyota), com regalado almoço num restaurante da ilha e jantar num outro, na cidade - onde trabalhava outro conterrâneo, o Neca Taipeiro, curiosamente um dos dois primeiros militares da minha aldeia (com o Aníbal Reis)a ser mobilizado para Angola, em 1961.
O furriel Viegas (à direita) com o conterrâneo Albano Resende (e o seu Toyota) na praia da ilha (restinga) e baía de Luanda |
O dia, por outro lado, foi o da assinatura do acordo de transferência para Angola de «toda a orientação financeira do país, nomeadamente a actividade bancária».
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