A cidade de Luanda e a baía, vendo-se (no fundo, à esquerda) a cúpula da sede do Banco de Angola. A capital angolana era atraente, moderna, viva e próspera. Tinha vida permanente, não «dormia»! |
Mário Matos, António Artur Guedes e José Fernando Melo (de pé), António Carlos Letras, José Gomes e António Cruz, furriéis milicianos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa |
O tempo, depois de uma tarde de saboreio dos prazeres da praia da Ilha de Luanda, foi de confortar os estomâgos, é verdade, mas também de lavar a alma de emoções, as que todos por lá íamos sentindo, baralhados com a dimensão e pujança da Angola que caminhava para a independência e as lutas fratricidas que dividiam os (seus) movimentos de libertação.
Não imaginávamos, mas o regresso à baixa e ao Katekero, foi «abrilhantada» pelo som (ainda assim distante) de fartos tiroteios e rebentamentos - que mais tarde viemos a saber terem sido contra delegações partidárias e até contra um avião Boeing 707 da South Africa Airways (SAA) - que, por isso, deixou de voar para Luanda.
O avião aterrou normalmente, apesar de tudo, depois de sobrevoar o Bairro Popular, mesmo ao lado do aeroporto, e tinha 287 passageiros a bordo. Fazia a viagem Joanesburgo-Londres, com escalas em Salisbúria e Luanda.
Praia das Ilha de Luanda, com a mata, a baía e a cidade ao fundo (da net) |
Novidade do dia era, afinal, não ter sido assinado o acordo preliminar sobre a banca, por a FNLA, à última hora, ter apresentado uma proposta alternativa. Da véspera, dia 6 de Abril de 1975, havia notícia, do Diário de Lisboa, de «novos incidentes, embora pouco numerosos, pelo que é ainda de tensão o ambiente da capital».
Era segunda-feira e véspera de eu e o Cruz continuarmos a digressão turística pela imensa Angola. De férias, num território a caminho da independência mas em... guerra!
Nessa altura já tinha regressado a Lisboa, vim em final de Agosto de 1974. Estive a estudar em Luanda onde vivi apenas 11 meses. Pene a guerra civil e pena terem entregado Angola apenas ao MPLA, em Portugal instalava-se o comunismo. Lembro-me de tudo o descrito, faltou a menção ao Baleizão, como os deliciosos gelados. Na Restinga comia belas açordas de marisco" em Luanda vivia como príncipe, abundância, vida barata e não havia TV, confraternizava-se muito mais! Pena os musseques, aí vivia-se como hoje, na pobreza!
ResponderEliminarNessa altura já tinha regressado a Lisboa, vim em final de Agosto de 1974. Estive a estudar em Luanda onde vivi apenas 11 meses. Pene a guerra civil e pena terem entregado Angola apenas ao MPLA, em Portugal instalava-se o comunismo. Lembro-me de tudo o descrito, faltou a menção ao Baleizão, como os deliciosos gelados. Na Restinga comia belas açordas de marisco" em Luanda vivia como príncipe, abundância, vida barata e não havia TV, confraternizava-se muito mais! Pena os musseques, aí vivia-se como hoje, na pobreza!
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