O furriel Viegas com o casal Rafael Polido/Cecília Neves na Barragem do
Cuando, a 20 quilómetros de Nova Lisboa e há precisamente 41 anos.
Repare-se no jovem pescador do lado direito
O trio familiar frente à Missão da Congregação do Espírito Santo, no Cuando, então em construção (em Abril de 1975), a 20 kms. de Nova Lisboa (agora, Huambo) |
A noite desse domingo foi, quero crer (e se a memória acerta), o tempo em que eu e o Cruz nos achámos em farta ceia de marisco, no bar do Orlando Rino - meu conterrâneo do bairro de Santo António e muito perto da Escola de Aplicação Militar (EAM) de Nova Lisboa. Marisco regado a bom vinho branco fresco, muito fresco..., nada de cervejas... - o que nos surpreendeu o paladar. E agradou.
Estando lá os sogros de Orlando Rino (o casal Figueiredo, também conterrâneo), fui alvo de uma bateria de perguntas sobre as gentes e a realidade da nossa terra comum - que eu tinha deixado há menos de um ano e eles há já largos tempos.
Andávamos nós a turistar pela capital do Huambo e Carmona, nesse mesmo domingo, foi palco de incidentes de alguma gravidade, que implicaram a pronta intervenção de uma força das NT, comandada pelo alferes Meneses Alves, da 2ª. CCAV. 8423. Aconteceu, o quê? Uma «manifestação não autorizada» que resultou, segundo o Livro da Unidade, em «confrontos entre elementos de dois movimentos emancipalistas, com uso de armas de fogo, na via pública».
Os movimentos eram a FNLA e o MPLA (da UNITA, por lá, mal se ouvia falar...) e o grupo de combate comandado pelo alferes Meneses Alves «actuou de forma rápida, decidida e enérgica, não deixando dúvidas quando à determinação do pequeno núcleo de tropas que comandava».
O (ex-alferes) Meneses Alves faleceu a 15 de Maio de 2013, em Leiria |
O incidente era do tipo dos que por lá (por Carmona) frequentemente se repetiam e punham em perigo a segurança e a vida das pessoas. Muitas vezes (quase sempre) eram evitados, ou abortados, pela pronta e sempre destemida intervenção dos Cavaleiros do Norte que, 24 sobre 24 horas, patrulhavam a cidade - muitas vezes, mesmo muitas vezes sob o olhar desdenhoso e acusador dos que, os quem protegiam.
Manuel Meneses Alves, o alferes miliciano atirador de Cavalaria, de Leiria e ao tempo colocado na 2ª. CCAV. 8423, viria a ser louvado pela acção, com publicação de tal louvor na Ordem de Serviço nº. 90 do Batalhão de Cavalaria 8423. De regresso a Portugal, foi empresário de sucesso em Leiria, no sector da alimentação, e faleceu, vítima de doença, a 15 de Maio de 2013.
- A morte do (ex-alferes
miliciano) Meneses.
Ver AQUI
Sem comentários:
Enviar um comentário