CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 24 de abril de 2016

3 376 - Véspera de eleições em Luanda e preparação em Carmona

A 1ª. CCAV. 8423, os Cavaleiros do Norte de Zalala, saiu de Vista Alegre e 
Ponte do Dange a 24 de Abril de 1975 - hoje se fazem 41 anos. Um grupo de 
TRMS: Lago e Raposo (de pé), Coelho, Hélio, Lourenço, Aires e Carlitos

O (ex-1º. cabo) José da Fonseca Mendes, á esquerda e ao
telefone com o (ex-furriel miliciano) José Pires, ambos de
transmissões. Aqui, com o (ex-furriel miliciano Viegas.
A  20 de Abril de 2016, em Lisboa 


A 24 de Abril de 1975, andávamos (eu e o Cruz) a laurear o queijo por Luanda, matando os últimos dia de férias e, não sabíamos mas, pelo norte de Angola - no nosso querido e saudoso Uíge!!!... - e nesse mesmo dia, os Cavaleiros do Norte também estavam em fase de adeus. Adeus a Vista Alegre e a Ponte do Dange, terras da jornada africana dos Cavaleiros do Norte de Zalala (os da 1ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano Davide Castro Dias).
Desactivados estes aquartelamentos, rodou a 1ª. CCAV. 8423 para o Songo, «com um Destacamento temporário em Cachalonde». O 2º. comandante do BCAV. 8423, o capitão José Diogo Themudo, fez questão de, por isso mesmo e neste dia 24 de há 41 anos, se deslocar a Vista Alegre.
A primeira página do Diário de Lisboa de
há precisamente 41 anos: dia 24 de Abril
de 1975, véspera das primeiras eleições
pós-25 de Abril
As primeiras eleições realizavam-se no dia seguinte (a 25) e essa véspera foi tempo de mais uma palestra de esclarecimento, lá em Carmona e segundo o Livro da Unidade, «orientada por oficiais do Comando Territorial de Carmona (CTC) e do BCAV. 8423, ambos delegados do MFA».
Foi também tempo de anúncio da compra de dois Boeings 730-200 para os TAAG e de um contrato de 17,3 milhões de dólares com a mesma empresa americana, para «melhoria do controlo do tráfego aéreo em 10 aeroportos do país». Eram tempos de grande confiança mo futuro.
A imprensa de Lisboa dava conta da mensagem eleitoral do Presidente Costa Gomes, com «esperança no pluralismo do socialismo português», e publicava últimas indicações sobre o modo como iria (deveria) decorrer o acto eleitoral, «entre as 8 e as 19 horas» de 25 de Abril, quqndo se fazia um ano de revolução. As rádios e a televisão mobilizaram grandes equipas de reportagem para o grande dia e expectavam-se 30 horas consecutivas de TV, para cobrir o grande acontecimento.
A norte de Angola e no Uíge, os Cavaleiros do Norte, «dando colaboração ao processo revolucionário de Portugal», foram encarregados da «montagem das assembleias de voto em Carmona». Por Luanda, e indiferentes a isso, e eu e o Cruz passeávamos os «últimos cartuchos» das nossas férias, na serenidade dos deuses e nos vícios dos homens!
Há dias, a 20 de Abril de 2016 e em plena capital do ex-império, achei-me com um Cavaleiro do Norte da CCS: o 1º. cabo de transmissões José da Fonseca Mendes, agora empresário do restauração, no Travessa - bem perto do Palácio das Necessidades, em Lisboa. É ele, na imagem do topo deste post e dele falaremos dentro de dias.

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