Grupo de Cavaleiros do Norte. Reconhecem-se, os furriéis Luís Costa (Morteiros, o
segundo, atrás), Agostinho Belo (de óculos) e Luís Capitão (com mãos à volta do
pescoço) e, em baixo, Graciano Silva, Grenha Lopes e António Flora. Quem
ajuda a identificar os restantes?
O furriel Viegas de férias, junto da estátua de Norton de Matos, em Nova Lisboa, no Largo dos Correios |
Os dias de férias na capital do Huambo, há 41 anos, iam excelentes, afectuosamente anfitrionados (eu e o António Cruz) no hotel da Família Neves/Polido e ambos em «digressão» pelas residências do clã Viegas - primos de meu pai, ao tempo falecido ia para dois anos e meio. Aparecia de surpresa (ninguém por lá me imaginava...) e fomos recebido com muito carinho e um mar de perguntas sobre a situação em Angola. Do Manuel, do Aníbal e do José (os primos direitos de meu pai), mas também de outros conterrâneos: os Mirandas, o Orlando Rino e Arnaldo Figueredo, os Reis, as filhas de Amadeu e Manual Zé Costa! Lá encontrei dois amigos de escoa primária: os irmãos Óscar e Neson Miranda!
A Nova Lisboa chegavam notícias (menos boas) de Luanda, onde, na noite de 8 para 9 desse Abril de há 41 anos, «foram assaltadas e ocupadas instalações da OPVDCA» - o que aconteceu «em vários pontos do território, pelo MPLA, FNLA e UNITA». Neste caso e do Campo do Grafanil (imagine-se!!!...), «desapareceram 150 G3, 350 morteiros, 20 000 munições e rádios emissores-receptores».
O Caxito, a Fazenda Tentativa, Artur de Paiva, Cuíto Canavale (muito lá a sul...), Longa, Serpa Pinto, Silva Porto e Henrique de Carvalho foram outras localidades de assaltos, ora à OPVDCA, ora à PSPA e GEI.
Luanda, onde os Estados Maiores de MPLA, FNLA e UNITA voltaram a reunir e adiantaram posições diferentes quanto à formação do futuro Exército de Angola - cujos elementos passariam a ser integrados como soldados, não como militantes - quisesse isso dizer, na prática, o que fosse. De todo o modo, este passo significava algum desanuviamento da tensão entre os três movimentos.
Notícia do Diário de Lisboa de 10 de Abril de 1975, sobre a formação do Exército de Angola |
Ao tempo, recordemos e do BCAV. 8423, estavam aquarteladas em Carmona a CCS e a 2ª. CCAV. 8423, reforçadas desde 28 de Março por um grupo de combate da 3ª. CCAV. 8423, que fora da Fazenda Santa Isabel e estava no Quitexe. E uma pequena força, aquartelada na ZMN (no centro da cidade), mais de serviços que operacional.
- OPVDCA. Organização Provincial de Voluntários e
Defesa Civil de Angola. Era um corpo de voluntários, de
ambos os sexos, que auxiliava as Forças Armadas e
garantia a defesa civil das populações. Organização
tipo milícia, directamente subordinada ao Governador
Geral de Angola e aos Governos Provinciais.
O quartel do Quitexe ficava ao lado direito, na saída
para Carmona, na Estrada do Café.
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