Grupo de Cavaleiros do Norte do PELREC, no encontro do Pombal,
em 1996: Madaleno, (ex-furriéis milicianos) Monteiro, Viegas e Neto,
Caixarias, (1º. cabo) Pinto e Cordeiro. Há quase 20 anos!
O 25 de Abril de 1974 na 1ª. página do Diário Popular, vespertino de Lisboa. repara-se no rodapá: «Este jornal não foi visado por qualquer comissão de censura» |
Onde estavam os Cavaleiros do Norte no dia 25 de Abril de 1974?!
Estavam em Santa Margarida, no RC4, em instrução operacional, recomeçada a 22 e depois dos 10 dias de mobilização - a chamada Licença de Normas que, marcada para entre 18 e 28 de Março, foi sucessivamente ampliada.
Era 5ª.-feira e, de minha parte e como era habitual, levantei-me cedo, para as operações de higiene, como sempre ouvindo rádio num pequeno transistor - nessa manhã com (surpreendentes) marchas militares. Até que foi (re)lido o comunicado do Movimento das Forças Armadas (MFA) e compreendi (?) o que se passava. A correr, fui acordar a malta toda e todos nos interrogámos sobre as dúvidas do momento. Fomos impedidos de sair do RC4, para o Destacamento onde estava a guarnição, e só pelas 10 para as 11 horas e pela voz do comandante Almeida e Brito soubemos verdadeiramente o que estava a acontecer. O BCAV. 8423 «não tinha sido contactado para a efectivação do Movimento, nem tão pouco algum ou alguns dos seus oficiais», mas, como sublinha o Livro de Unidade, «de imediato (...) todo o Batalhão se sentiu como parte integrante». De resto e pelo comandante Almeida e Brito, «foi explicado a todo o pessoal o que o MFA pretendia, em palestras orientadas especificamente para oficiais, sargentos e praças».
Capa do jornal «A Província de Angola», com a notícia do 25 de Abril de 1974 |
Não votámos (como ir votar a Carmona?) mas passámos o dia curiosos, expectando sobre o que se passava em Portugal. Que partido ganharia as eleições? Os ecos que nos chegavam apontavam para a vitória da esquerda, com o PS à frente - seguido do PPD (actual PSD). Depois, o PCP e o CDS. Mas a contagem de votos não tinha a rapidez de hoje e teríamos de esperar mais algum (largo) tempo para conhecer os resultados finais.
Em Carmona, onde os Cavaleiros do Norte tinham montado as necessárias assembleias de voto para o histórico acto eleitoral, «verificou-se a ida às urnas de todo o pessoal que o quis fazer».
O dia, porque era o primeiro aniversário do 25 de Abril, foi assinalado com «cerimónias simples e singelas», no Comando Territorial de Carmona, onde se realizou «o içar da Bandeira Nacional, com as melhores honras militares e a presença de todos os oficiais do CTC e BCAV. 8423». Há 41 anos!!!
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