Cavaleiros do Norte de Zalala, a 1ª. CCAV. 8423, todos furriéis milicianos:
Jorge Barreto, Plácido Queirós e Victor Costa (de pé), Américo Rodrigues,
José Louro, Jorge Barata (falecido a 11/10/1997, de doença e em Alcains), e
Manuel Dinis Dias (falecido a 20/10/2011, de doença e em Lisboa)
O furriel miliciano José Carvalho, atira- dor de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, no varandim da Casa dos Furriéis do Qui- texe, em 1975. Há 41 anos! |
Os tempos de Outubro de 1974 iam-se passando mas aqui e ali com algumas conhecidas acções (inesperadas) do homens da FNLA (o movimento angolano mais influente da zona de acção dos Cavaleiros do Norte), que nos levou a aprudentar diligências. Por exemplo, lançando patrulhamentos inopinados nos vários troços rodoviários da área de intervenção operacional do Batalhão - e não só nos asfaltados, mas também nas picadas, nos que fossem considerados mais susceptíveis.
A verdade é que, apesar da «plataforma de entendimento que levava à paragem de hostilidades entre as NT e a FNLA», que aqui já referimos..., nunca fiando.
Entendimentos havia - não oficiais, também era certo -, mas um comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas dava conta, nesse 9 de Outubro de 1974, da morte de mais 5 combatentes em Angola: os furriéis milicianos Carlos Alberto Coelho Tomé, de S. João, em Abrantes; e Manuel Félix Cotovio, de Lisboa; o 1º. cabo José Manuel Sousa Bapista, de Faro; e os soldados Manuel Francisco Marreiros de Jesus, de Sargaçal (Lagos), e Gabriel Fernandes da Torre, de A-Ver-o-Mar (Póvoa do Varzim». Todos em combate, não especificando o comunicado quando, onde e como.
Um ano depois e muitas águas passadas sob as pontes, muitas reviravoltas no processo de independência de Angola, acordos que nunca chegaram a ser cumpridos e combates que fizeram muito sangue, muitas mortes e muitos lutos, os Cavaleiros do Norte já tinham passado um mês desde o regresso a Portugal e procuravam notícias de Angola. E da «nossa» Carmona, que andava fora dos circuitos noticiosos.
Há 41 anos, o DL dava notícia de mais 5 mortos em combate |
A 9 de Outubro de 1975, o Diário de Lisboa noticiava «violentos combates entre forças do MPLA e da FNLA (...) a 70 kms. de Carmona e a uma centena de Luanda, na zona do Úcua».
Eram dois pontos importantes na Estrada do Café, a rota de asfalto que, de Luanda, chegava a Carmona e, já na área de acção do BCAV. 8433, passava pela Ponte do Dange e Vista Alegre (onde, depois de Zalala, estava 1ª. CCAV.), Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV.) e Quitexe (a CCS), 40 quilómetros antes de Carmona - as terras dos Cavaleiros do Norte (mais as fazendas Zalala da 1ª. CCAV. e Santa Isabel, da 3ª. CCAV., e os destacamentos de Luísa Maria e Liberato).
Notícias de Angola de há 41 anos |
Em ambos os casos, sublinhava o DL de há 41 anos, envolvendo «violentos combates que decorreram no últimos dias». Assim ia o processo de independência de Angola, a 33 dias do histórico 11 de Novembro de 1975. Com cada movimento «a tentar assegurar o controlo de novas posições». Da UNITA é que não se falava, por esta altura.
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