Cinco Cavaleiros do Norte numa esplanada de Luanda, a 02/06/1974: os
1ºs. cabos João Estrela, António Carlos Medeiros (falecido a 10/04/2003,
de doença e no Porto), Miguel Teixeira, Damião Viana e Vasco Araújo
Soares Vieira, o Vasquinho, que hoje festeja 64 anos no Porto. Parabéns!
O PELREC na Fazenda Luísa Maria: 1º. cabo Augusto Hipólito e furriel Viegas (atrás), Raúl Caixarias, 1º. cabo Ezequiel Silvestre e João Marcos |
Dia 13 de Outubro de 1974! O dia fez-nos lembrar as cerimónias de Fátima e todo o misticismo que as envolve(ia): as promessas de muitas mães e familiares, de peregrinação a pé, ao santuário, se o filho, o combatente regressar são e salvo. Questões de fé! Ao tempo e durante a guerra colonial, era vulgar este tipo de promessas, muitas vezes envolvendo terceiros no seu cumprimento.
O civil José Dias Craveiro, de boina e em 1969, a conversar com militares portugueses, no Destacamento de Fazenda Luísa Maria |
Era domingo e o Quitexe acordou quente e com uma saída de escolta para o Destacamento da Fazenda Luísa Maria, onde se deslocava o comandante Almeida e Brito, acompanhado de oficiais da CCS. Lá fomos, galgando a estrada/picada que dava para Camabatela e, adiante do cemitério do Quitexe, cortando à direita, por lá fora indo a «engolir» o pó vermelho do chão uíjano - de olhos bem abertos, armas aperradas e dilagrama pronto a disparar, se fosse o caso. Não foi! Mas mais valia prevenir!
Galgados esses quilómetros de picada, apareceu a fazenda, que já não era novidade para PELREC - desde a «estreia», a 30 de Junho desse ano. Era do empresário José do Patrocínio e gerida por Eduardo Bento da Silva (foto), falecido a 11 de Setembro de 2011, com quase 81 anos (que faria a 10 de Outubro), em Condeixa-a-Nova. Outro colaborador da administração de Luísa Maria era José Dias Craveiro (na foto, de boina), de Maçãs de D. Maria, em Alvaiázere. Tudo gente do alto!
Almoçámos por lá e voltamos ao Quitexe, ansiosos pelas 5 e tal da tarde, hora do correio e das notícias. Por exemplo, as do comunicado do Comando Militar Português (CMP), dando conta que «em Setembro não se registaram incidentes atribuíveis à UNITA ou ao MPLA».
A UNITA já em Junho tinha anunciado «a suspensão das hostilidades» e o MPLA já «não tem efectuado acções ofensivas há mais de um mês, embora não tenha declarado o cessar-fogo». As únicas «actividades guerrilheiras», segundo o comunicado do CMP, reportavam-se à primeira quinzena de Setembro e era dada nota de que a FNLA «tem vindo a fazer uma campanha pacífica no norte» - a zona dos Cavaleiro do Norte e não seria assim tão pacífica... - «estabelecendo contactos com os comandos locais», segundo informações idas do Uíge e do Zaire, citadas pelo Diário de Lisboa.
Os edifícios militares do Destacamento da Fazenda Luísa Maria |
Eduardo Bento, da Silva, gerente de Luís Maria |
Um ano depois, o MPLA continuava a dominar 12 das 16 províncias angolanas, incluindo a capital Luanda, e propôs à Comissão de Conciliação da OUA «a formação, depois da independência, de um Governo de união nacional», desde que com «personalidades angolanas independentes» (...) com «um passado de patriotismo e competência».
A missão estava em Luanda desde sexta-feira anterior (dia 10) e o seu objectivo era «encontrar uma solução política para o conflito que desde há vários meses opõe os três movimentos de libertação angolanos».
A missão propunha-se, a esse tempo, visitar as áreas controladas pela FNLA e pela UNITA (depois de reunir com o MPLA) e o seu objectivo passava por «contactar com os 3 movimentos de libertação, a fim de lançar as bases de uma futura discussão», para que Angola «acedesse à independência nas melhores condições».
E como reagiria a OUA, caso cada um dos 3 movimentos declarasse a independência a 11 de Novembro? O embaixador Nouridime Djoudi, secretário geral adjunto da organização, disse que «por enquanto, não encarava essa hipótese».
A 13 de Outubro faz anos o 1º. cabo Vasco de Araújo Soares Vieira, o Vasquinho, da secretaria da CCS, no Quitexe. Hoje, celebra 64 no Porto, onde mora e vive a sua reforma. Parabéns!!!
A missão estava em Luanda desde sexta-feira anterior (dia 10) e o seu objectivo era «encontrar uma solução política para o conflito que desde há vários meses opõe os três movimentos de libertação angolanos».
A missão propunha-se, a esse tempo, visitar as áreas controladas pela FNLA e pela UNITA (depois de reunir com o MPLA) e o seu objectivo passava por «contactar com os 3 movimentos de libertação, a fim de lançar as bases de uma futura discussão», para que Angola «acedesse à independência nas melhores condições».
E como reagiria a OUA, caso cada um dos 3 movimentos declarasse a independência a 11 de Novembro? O embaixador Nouridime Djoudi, secretário geral adjunto da organização, disse que «por enquanto, não encarava essa hipótese».
A 13 de Outubro faz anos o 1º. cabo Vasco de Araújo Soares Vieira, o Vasquinho, da secretaria da CCS, no Quitexe. Hoje, celebra 64 no Porto, onde mora e vive a sua reforma. Parabéns!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário