Os furriéis milicianos Viegas e Pires (Cândido), a 25 de Outubro de 1974, na aldeia do Talambanza - na saída do Quitexe para Carmona. Foram assistir a rituais fúnebres pela morte de uma criança |
Memorial dos militares mortos, na Fazenda do Liberato |
Caxito, tão perto de Luanda, onde há 42 anos MPLA e FNLA disputavam cada palmo de terreno |
A título pessoal, eu o o Cândido Pires (furriel miliciano dos Sapadores, ambos na primeira imagem) estivemos na aldeia do Talambanza, onde assistimos ao ritual fúnebre da morte de uma criança negra. Infelizmente, e para aqui os pudesse evocar com rigor, a memória fez perder os pormenores essenciais do cerimonial - dele recordando, todavia ser muito inusitado para os nossos hábitos lutuosos. Cantava-se e não se chorava!
Um ano depois, soube-se - pelo despacho do Diário de Luanda para o Diário de Lisboa - que «as FAPLA lançaram ontem uma grande ofensiva contra as posições de mercenários em Sá da Bandeira, depois de previamente terem evacuado os civis daquela cidade». A acção do exército do MPLA provocou «a divisão das forças mercenárias, das quais um considerável parte retirou para Humpata, a sudeste de Sá da Bandeira, na Leba».
Os noticiários do tempo (os Cavaleiros do Norte já estavam em Portugal desde a segunda semana de Setembro) não falavam do Uíge e dos chãos que o BCAV. 8423 tinha pisado na sua jornada de 15 meses por terras do norte de Angola - o Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa e Santa Isabel, Luísa Maria, Vista Alegre e Ponte do Dange, Songo e Carmona.
Falavam do Caxito e relativamente ao dia 23: «Tiveram lugar violentos combates na zona do Quipiri. Os invasores quisera avançar na direcção da Quifangondo mas o fogo intenso da nossa artilharia obrigou-os ao recuo, tendo deixando no terreno uma metralhadora e dois blindados equipados de canhão, que foram destruídos. As posições mantêm-se, assim, inalteráveis nesta zona», disse Júlio Almeida (Jujú), comandante do MPLA.
Sem comentários:
Enviar um comentário