O alferes Garcia e o furriel Viegas, dois milicia- nos dos Cavaleiros do Norte no momento de parti- da para mais uma operação militar, em 1974! |
Notícia do acidente em que morreu António Manuel Gar- cia e ficou ferido um outro agente da Polícia Judiciária, no Jornal de Notícias de 3 de Novembro de 1979. Clicar na imagem para a ampliar e ler |
O dia registou, também, a visita à vila do Quitexe do comandante do BCAV. 8324 (o nosso era o BCAV. 8423), que estava estacionado em Sanza Pombo, para onde, por razões de natureza disciplinar tinha sido deslocado o furriel miliciano Mota Viana, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
E o que se passava um ano depois, no imenso território de Angola, massacrado por combates e mortes mas que tinha declaração de independência marcada para 11 de Novembro?
A Cimeira da OUA procurava, desesperadamente, uma solução para o conflito e o Diário de Lisboa dava conta das «reticências do MPLA», que controlava 12 das 16 províncias. Mas não estava excluída, «a possibilidade (remota) de uma reviravolta de última hora as posições da OUA, que poderia vir a reiterar o seu apoio apenas ao MPLA, possivelmente através da adopção prévia de um compromisso entre este movimento e a UNITA, com exclusão total do MPLA».
O da 2 de Novembro, mas de 1979, está tragicamente marcado na história e na memória dos Cavaleiros do Norte, pela morte do alferes miliciano António Manuel Garcia, então já civil e ao serviço da Polícia Judiciária - vítima de um acidente de viação, na estrada entre Viseu e Mangualde. Integrava a equipa da PJ que investigava o caso da morte de Joaquim Ferreira Torres, político dessa época, que foi morto com três tiros, num «caso» que (suponho) nunca foi esclarecido. O chamado Crime do Barro Branco, a 21 de Agosto de 1979. Era esse crime que a Brigada da PJ investigava e deu origem ao acidente em que morreu o (nosso) alferes Garcia.
Hoje, 37 anos depois, aqui fazemos memória de um grande, corajoso e garboso oficial miliciano dos Cavaleiros do Norte, que foi comandante do (nosso inesquecível) PELREC e companheiro de todos os caminhos, de todas as dores e alegrias, glórias e dramas partilhadas na nossa jornada africana do Uíge angolano.
Está sepultado no cemitério paroquial de Pombale de Ansiães, de onde era natural, no município de Carrazeda de Ansiães. RIP!
- «Saudades do alferes Garcia». Ver AQUI texto do aferes António Cruz.
- «O alferes Garcia morreu há 33 anos». Ver AQUI
- «Para ti, alferes Garcia, a propósito dos poetas finidores».
Texto do alferes José Alberto Almeida, AQUI
Sem comentários:
Enviar um comentário