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Cavaleiros do Norte da CCS na parada do Quitexe. Atrás, de pé, José Rebelo (?), Wilson Moreira (?), furriéis Mosteias /de cabelo rapado), Neto (de bigode), José Pires e Rocha (de boina), dra. Graciete Hermida, NN, alferes Hermida (de bigode e quico) e... Os três últimos da direita são os 1ºs. cabos Pires (Fecho-eclair, mais atrás), Oliveira (de boina e braços esticados) e o Couto Soares (de quico). Na segunda fila, Madaleno, um sapador (?), Luciano, Silva (rádio-montador) , 1ºs. cabos Coelho (Buraquinho) e Gomes (à civil) e... quemos identifica? À frente, 1º. cabo Florindo (de pernas para a frente) e Costa (?, rádio-telegra- fista), NN, Cabrita, NN, furriel Cândido Pires e... quem é? Quem ajuda a identificar os não identificados? |
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Os furriéis milicianos José Louro (à esquerda) e Manuel Dias, ladeando um outro furriel, angolano e de nome já esquecido, numa picada perto de Zalala |
O dia 12 Novembro de 1975, por terras de Angola, foi de euforia, pela anunciada e proclamada independência. Era 4ª.-feira e a imprensa portuguesa, muito naturalmente, deu grande destaque ao memorável momento da história angolana. «Angola no top mundial || Governo MPLA talvez amanhã ||| Lúcio Lara 1º. Ministro ||| Mário de Andrade provável nos Negócios Estrangeiros», antetitulava, titulava e subtitulava o Diário de Lisboa.
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Angola em 1975, três altos dirigentes: José Eduardo dos Santos (o actual Presidente da
República) , Lúcio Lara e Agostinho Neto |
O Comité Central do MPLA preparava o «primeiro Governo a Angola independente», que seria «anunciado amanhã ou depois». Falava-se de vários nomes: Lúcio Lara (1º. Ministro), Garcia Neto e Lopo do Nascimento (Negócios Estrangeiros), Iko Carreira (Defesa), Carlos Rocha (Coordenação Económica), David Bernardino (Saúde) e Rui Monteiro (Informação).
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Úcua, em Dezembro de 2012, em foto do «zalala» Carlos Ferreira, 1º. cabo. Há 41 anos e aqui,
continuava a luta armada entre MPLA e FNLA,
ao segundo dia da Angola independente |
Continuavam combates, em várias frentes, ou como, escrevia o Diário de Lisboa, «onde a luta nunca cessou». Em Cabinda «regista(va)-se o rechaçar de mais um tentativa agressora da FLEC, que teve de bater em retirada». A sul, «a situação mantém-se indecisa» e combatia-se em Balabaia, a sul de Novo Redondo. Toda a frente estava a «ser reforçada pelas FAPLA, no intuito de se oporem ao avanço das forças reaccionárias».
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A primeira página do Diário de Lisboa de 12 de Novem-
bro de 1975: «Governo do MPLA talvez amanhã» |
A Frente Norte - a que mais «interessava» aos Cavaleiros do Norte, já então com dois meses de Portugal, depois do regresso... -, registava «avanço das FAPLA na chamada «rota do café», tendo tomado Porto Piri, Úcua e Quibaxe». A caminho das terras do Uíge - Ponte do Dange, Vista Alegre, Aldeia Viçosa, Quitexe e Carmona -, de onde tínhamos saído três meses antes.
A independência de Angola (a do MPLA) já estava reconhecida por 17 países: Brasil (o primeiro), União Soviética, Cuba, República Popular do Congo, Moçambique, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe (três ex-colónias portuguesas), Guiné-Conakri, Mauritânia, Hungria e República Alemã, Mali, Jugoslávia e Etiópia, Checolováquia, Bulgária e Roménia.
O Diário de Lisboa precisava que «nenhum país da Europa capitalista, incluindo os escandinavos, anunciou até agora o reconhecimento do jovem república africana, seguindo, assim, a linha dos Estados Unidos, que preconizam o não reconhecimento até uma reconciliação (impossível) entre os três movimentos».
Quanto aos países africanos, o mesmo Diário de Lisboa reportava que o seu silêncio se devia «a pressões do bloco capitalista da CEE», por um lado, e, por outro, «às manobras divisionistas da República Popular da China que, face à derrota evidente do seu «protegido», a FNLA, recusa o reconhecimento da República Popular de Angola».
Relativamente às proclamações de «independência fantoche» da FNLA e da UNITA, não tinham sido reconhecidas «por qualquer país».
Portugal, ao tempo, não reconheceu qualquer delas e a Assembleia Constituinte, a 11 de Novembro de 1975, consagrou o tempo de antes da ordem do dia à independência de Angola, com intervenções de Mota Pinto (PSD), Sá Machado (CDS), Bento Azevedo (PS), Galvão de Melo (independente, próximo do CDS) e Vital Moreira (PCP).
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