Cavaleiros do Norte de Zalala, todos de transmissões: António Lago e
Rogério Raposo (de pé), Fernando Coelho, 1º. cabos Hélio Rocha e
Ãngelo Lourenço (cripto), José Aires e Carlos Costa (Carlitos)
Rogério Raposo (de pé), Fernando Coelho, 1º. cabos Hélio Rocha e
Ãngelo Lourenço (cripto), José Aires e Carlos Costa (Carlitos)
O dia 14 de Novembro de 1975 foi uma sexta-feira, o quarto da Angola independente: «Na região de Luanda, a situação parece manter-se estacionária. Os habitantes da capital não voltaram a ouvir, desde a independência, qualquer tiro de artilharia proveniente da Frente Nordeste (...). As tropas do MPLA e da FNLA encontram-se frente a frente, a um pouco mais de 30 quilómetros, a nordeste de Luanda», noticiava o Diário de Lisboa.
A sul da capital angolana, «notícias não confirmadas que circulam nos meios diplomáticos» davam conta de que uma coluna da FNLA e da UNITA «atingiu o cruzamento da estrada para a barragem de Cambambe, onde se situa a estação hidro-eléctrica que abastece Luanda». Coluna que talvez «tente avançar para o Dondo».
A missão (à esquerda) e a Igreja da Santa Mãe de Deus do Quitexe |
Estava confirmada a entrada de 5 independentes (a indicar) no Governo, que afinal tinha Lopo de Nascimento como 1º. Ministro. Conhecidos, nesse dia, eram Iko Carreira (Defesa), José Eduardo dos Santos, o actual Presidente da República (Assuntos Exteriores, ou Negócios Estrangeiros, quando o nome mais falado era o de Mário Pinto de Andrade), João Filipe Martins (Informação, quando se esperava que fosse Rui Monteiro), Nito Alves (Administração Interna), Diógenes Boavida (Justiça), David Aires Machado (Trabalho) e Carlos Rocha «Dilolwa» (Planeamento e Coordenação Económica).
Um ano antes e pelas bandas do Quitexe uíjano (e Zalala, Aldeia Viçosa e Santa Isabel, Luísa Maria e Vista Alegre/Ponte do Dange) tudo seguia na paz dos anjos. De Luanda. chegavam notícias do MPLA, na voz de Lúcio Lara, chefe da Delegação, considerando Cabinda «parte integrante do território de Angola». E de «repúdio enérgico» pelas então «perturbações recentes» na capital - declinando, porém, responsabilidades do seu movimento, embora admitisse que «muitos dos responsáveis tivessem braçadeiras do MPLA» e também acreditasse que «alguns deles fossem simpatizantes».
Lúcio Lara em Luanda e no Diário de Lisboa de 14 de Novembro de 1975: «Cabinda é parte integrante de Angola» |
Criticou a facção rival, chefiada por Daniel Chipenda, acusando-a de «ser responsável pelas perturbações na região de Salazar/Malange, onde grupos armados com as braçadeiras do MPLA têm vindo a criar complicações à ordem pública, apesar do cessar-fogo assinado por Agostinho Neto».
«Chipenda deve ser considerado responsável pelo caminho que escolheu», disse Lúcio Lara, sobre a posição da Facção, relativamente ao MPLA.
O dia, pelo Quitexe, foi de anos, os 22!!!..., de Dionísio Cândido Marques Baptista, soldado atirador de Cavalaria do PELREC. Hoje, festeja 64, está emigrado na Suíça e tem residência na Amora, no Seixal. Parabéns!
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