Zalala´s de 1974, da 1ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte: José Louro,
Américo Rodrigues, José Nascimento, Jorge Barata (falecido a 10/10/1997,
de doença e em Alcains) e Jorge Barreto (todos furriéis milicianos),
Mário Jorge Sousa e José Lains dos Santos (ambos alferes milicianos)
Portas de Zalala, uma maravilha da natureza na picada que do Quitexe ia para a fazenda da RIMAGA |
«Para ir do Quitexe a Zalala, andámos uns 9 dias, a fazer e a desfazer pontes naqueles 40 quilómetros, encontrando muitos mortos. Soldados nossos, acho que morreram 9, já não me lembro bem», relatou-nos José Martinho - que, depois da comissão cumprida, entrou na PSP, em Luanda, e chegou a lugares de chefia, já em Portugal.
O soldado caçador especial José Martinho, da primeira Companhia que chegou a Zalala, em 1961, e o furriel Viegas, do último Batalhão (em 1974) da mítica Fazen- da da RIMAGA. A 5 de Novembro de 2016 |
Passados 13 anos, era a 1ª. CCAV. 8423 que se aquartelava em Zalala e a 5 de Novembro desse já distante 1974 já se sabia que iria rodar para Vista Alegre, com Destacamento em Ponte do Dange.
Angola fazia caminho para a independência e os movimentos aproximavam-se das comunidades civis mais urbanas, começando a abrir delegações em Luanda.
A FNLA já se instalara na Avenida do Brasil e o seu chefe da Delegação (e responsável pela informação do movimento) confirmou ao jornal «O Comércio» que, e citamos, «há militantes brancos filiados na FNLA».
«São tão militantes como os nossos militantes pretos. Atentado contra um ,militante branco ou preto da FNLA representa um ataque à FNLA, propriamente», disse.
Notícias de Angola, no Diário de Lisboa de 5 de Novembro de 1975 |
Um ano depois e já a menos de uma semana do dia 11, o MPLA anunciou que «declarará unilateralmente a independência de Angola às zero horas (...) se até lá Portugal não alterar a sua posição face à FNLA e UNITA», assim reconhecendo o movimento de Agostinho Neto como «o único e legítimo representante do povo angolano e passando para ele todos os poderes».
Angola no DL de 05/11/1974 |
A 6 dias da independência, os líderes africanos continuavam reunidos na Cimeira de Campala, «intensificando movimentos com vista a encontrar uma plataforma de última hora para o conflito angolano». Mas sem resultados práticos, como se viria a verificar.
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