O capitão Victor, comandante da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do Liberato. Está rodeado da esposa (holandesa), do furriel José Marques Oliveira e de um outro combatente. Quem é? |
A Companhia de Caçadores 209 (CCAÇ 209), do Regimento de Infantaria 21, do Nova Lisboa, abandonou o Destacamento da Fazenda do Liberato a 9 de Novembro de 1974. Há precisamente 42 anos!!! Era uma das várias subunidades do BCAV. 8423 - os Cavaleiros do Norte, com comando no Quitexe - e no qual jornadeou, em rendição individual, o José Marques de Oliveira, furriel miliciano vagomestre, que tinha sido meu companheiro de escola em Águeda) e ainda hoje meu amigo. Dos bons! De sempre!
Memorial dos mortos da Fazenda do Liberato |
Um ano depois e a poucas horas da declaração de independência (00,0 horas de 10 para 11 de Novembro), a imprensa portuguesa deu finalmente notícias do Uíge, embora escassas. «A situação militar caracteriza-se pelo avanço das FAPLA pela chamada Estrada do Café», reportava o Diário de Lisboa, acrescentando que também pelo «aumento da pressão da frente do Caxito, por parte de mercenários portugueses e zairenses e da FNLA».
Notícias de Angola, no Diário de Lisboa de 10 de Novembro de 1975 |
A sul, a FNLA/UNITA entrava no Lobito com «apoio dos mercenários» comandados por um oficial sul-africano e pelo português capitão Alves Cardoso. O objectivo era, segundo o Diário de Lisboa, «estabelecer contacto com a Frente Norte, comandado pelo tenente-coronel Santos e Castro», estratégia que vinha a falhar «face à resistência oferecida pelas FAPLA».
Este avanço, a sul, era acompanhado, ainda segundo o DL, por «sucessivas proclamações da Rádio Lubango, que lança vivas à «Angola Português» e morras à UNITA, FNLA e MPLA», o que, reportava o mesmo jornal vespertino, «marca a verdadeira marca racista desta invasão lançada a partir da África do Sul».
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