CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 28 de junho de 2021

5 476 - O reencontro algarvio com o alferes José Alberto Almeida, Cônsul do Reino de Marrocos!


Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 por terras do Algarve quase, quase...

46 anos depois do regresso de Angola e das terras uíjanas do Quitexe e Carmona,
 agora Uíge: os milicianos furriel Viegas e alferes Almeida

Os alferes milicianos António Garcia (tragicamente
 falecido a 2 de Novembro de 1979, ao serviço da Polícia
Judiciária) e José Alberto Almeida. Atrás, os 1ºs.
sargentos João Barata e Joaquim Aires

Os dias de confinamento que se vivem condicionam abraços e encontros, mas não «matam» o companheirismo e amizade sólidas, paridos e crescidos por terras do norte de Angola e multiplicados pelos já tantos 46 anos que se passaram. 
Uma passagem por terras algarvias deu para «achar» o alferes Almeida e Quitexe e Carmona vieram à baila da nossa saudade. Podia lá não ser!!!

José Alberto Alegria Martins de Almeida foi oficial de reabastecimentos e, pela jornada africana do norte uíjano, «acumulou» com a pasta da justiça. Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975, fixando-se em Albufeira - para onde tinham migrado seus pais, os donos do Colégio de Oliveira da Azeméis. O chão natal do casal e dos dois filhos - 
O Cônsul José Alberto Almeida com
a Embaixadora em Lisboa, quando
recebeu a condecoração oficial
do Rei de Marrocos
António José e o caçula José Alberto.
A jornada africana e a «correção e trato inexcedíveis, elevadas qualidades morais e cívicas» do alferes Almeida foram notadas
pelo comando que, em louvor  publicado na ordem de serviço nº. 168, sublinhou que o alferes Almeida «sempre  procurou por o seu saber em proveito das necessidades da função militar». O que o «creditou como um bom colaborador do comando que serviu e o tornaram credor da consideração e estima de todo o pessoal que com ele privou no BCAV. 8423 durante a sua permanência na  Região Militar de Angola».

Economista, professor, arquitecto
empresário e Cônsul de Marrocos !

O alferes Almeida, que a 14 de Junho de há dias festejou 74 anos, é licenciado em Economia e Arquitectura, foi professor e é empresário dos sectores da construção civil e turismo. 
A base de trabalho é a cidade de Albufeira, no Algarve, e com escritório em Marraquexe, em Marrocos.
Aposentado, continua a liderar a sua estrutura empresarial e é Cônsul do Reino de Marrocos no Algarve. E um sublime e generoso anfitrião.
Um destes dias, em final de tarde magnífico (como se vê na foto) e refeiçoando pela noite dentro o manjar que ele mesmo confeccionou, a memória dos Cavaleiros do Norte foi ementa permanente de conversa, centrada nos momentos mais épicos e nos personagens mais heróicos (que foram todos...) da nossa jornada africana de Angola. E como não lembrar o comandante Almeida e Brito, os capitães Oliveira e Falcão (três companheiros que a morte já levou), o tenente Luz (agora capitão e com admiráveis 92 anos), o saudoso alferes Garcia, também o Ribeiro, os furriéis Neto, Machado, Monteiro, os Pires, o Rocha, o saudoso Mosteias... E, muito pessoalmente, da parte do alferes Almeida, o 1º. cabo Rodolfo Tomás! E tantos outros, tantos, tantos, tantos...!
Manda ele, a puxar-se de emoções e saudades, um abraço para todos os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423!
Por nós, certamente que nos voltaremos a achar!
Alferes Pedro Rosa



Alferes Rosa, de Zalala,
69 anos em Palmela!

O alferes miliciano Pedro Rosa, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, festeja 69 anos a 29 de Junho de 2021.
Cavaleiro do Norte de Zalala, e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona, especializou-se na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém e em Angola, foi louvado pela «maneira eficiente e interessada como desempenhou as funções de comandante de grupo de combate da sua subunidade».
«Dedicado, leal e colaborador, procurando dos seus militares o melhor rendimento, deu, com a sua conduta e trabalho, jus a elevar o conceito em que a sua Companhia desejava ser tida
», sublinha o louvor, citando-o também como «disciplinado e disciplinador, superando a inexperiência militar pela muita dedicação e espírito de servir». 
O louvor credita-o, finalmente, com «um bom condutor de homens, constituindo-se em exemplo para com quem com ele privava».
Pedro Marques da Silva Rosa regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, ao seu Bombarral natal, e mora agora Algeruz, em Palmela. Trabalha na área da economia, fiscalidade e contabilidade e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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