CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

5 555 - MPLA a preparar ataque a Carmona e Ambriz ! Propaganda aos trabalhados do café do Uíge!

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia: alferes Carvalho de
 Sousa, capitão miliciano José Manuel Cruz (comandante desta 2ª. CCAV.),
tenente-coronel Almeida e Brito (comandante do BCAV. 8423), alferes
 Machado e Jorge Capela e furriel José Fernando Melo 
Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423 a de Santa Isabel:
 Fernandes, Victor Guedes (falecido a 16 de Abril de
 1998, de doença e em Lisboa), Querido e Belo


Os dias de Setembro de 1974, ao dia 17 de há 47 anos, o comandante Almeida e Brito reuniu a Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS) do Quitexe, para analisar a situação política e militar da Zona de Acção (ZA)( dos Cavaleiros do Norte.

Almeida e Brito era o comandante do BCAV. 8423 e, ao tempo, «o IN e/ou agitadores», de acordo com o livro «História da Unidade», começaram «incrementar
propaganda aliciante dos trabalhadores das fazendas para fugirem a contrato», o que, concluía  LU, «forçosamente trará reflexos no panorama económico do concelho»
O problema nem era militar, valha a verdade, era «meramente administrativo» e, por outro lado, ainda de acordo com o livro «História da Unidade, «não tem (teve) ainda o significado, nem paralelismo, do existente nos concelhos limítrofes». No entanto, «começa a tomar volume que se pode considerar elevado e que terá, forçosamente, reflexos negativos no bom andamento do processo regressivo da presença das tropas e da descolonização».
Bem «avisado» andava o comandante Almeida e Brito.

Holden Roberto no Ambriz, notícia do Diário
de Lisboa de 17 de Setembro de 1975

MPLA a preparar ataque
a Carmona e a Ambriz!

Um ano depois, com os Cavaleiros do Norte com missão terminada e já nas suas terras e com as suas famílias, relatava o Diário de Lisboa de 17 de Setembro que «mantém-se calma a situação nas frentes de combate angolanas». Acrescentava o vespertino da capital portuguesa que «desde o fim de semana que não se assinalam confrontos relevantes entre os três movimentos». Só que, admitia o jornal, «esta calma poderá corresponder a uma reorganização militar dos diversos campos, antecedendo novas batalhas».
As agências internacionais admitiam como «provável que o MPLA esteja presentemente a reagrupar as suas forças para uma grande ofensiva na frente norte, contra Ambriz e Carmona os grandes bastiões da FNLA».
Ambriz, onde supostamente estaria o presidente da FNLA, Holden Roberto - a comandar pessoalmente as suas forças. Carmona, a capital do Uíge de onde os Cavaleiros do Norte saíram a 4 de Agosto desse ano de 1975. Há 42!
A FNLA, de acordo com a notícia do Diário de Lisboa de 17 de Setembro de 1975, «encontra(va)-se isolada e com grandes dificuldades de reabastecimento, dado que as principais vias utilizadas para o efeito estão sob o controlo do MPLA». Em Luanda, reportava o Diário de Lisboa, «a calma é total»

João Leirinhas

Leirinhas de Zalala, 69
anos em Vila Nova de Gaia!

O soldado Leirinhas, combatente dos Cavaleiros do Norte da mítica Fazenda de Zalala, festeja 69 anos a 18 de Setembro de 2017.
João Ramos Leirinhas, de seu nome completo, foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, integrando o 1º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano Mário Jorge de Sousa. Regressou a Portugal e a Canidelo, em Vila Nova de Gaia, no dia 9 de Setembro de 1975 e lá reside, sendo habitual participante dos encontros anuais dos Cavaleiros do Norte de Zalala - actualmente e como se sabe, infelizmente interrompidos devido à pandemia COVID 19. 
Parabéns!

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