O comandante Bundula, da FNLA, e o capitão Cruz, da 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (1975). De costas, o alferes João Machado |
Alferes F. Ramos |
O mês de Maio de há 48 anos, passava-se o de 1975, parecia que iria correr tranquilo.
«O fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria como consequência, situações de acalmia em todo o território», admitia-se ao tempo, como se lê no livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423. Aparentemente, assim se desejava e assim seria, enquanto os movimentos emancipalistas procuravam, tanto quanto lhes era possível, enraizar nas populações os seus ideários políticos e sociais.
E assim, piamente se acreditava que, tranquilamente, se caminhar-se-ia para a paz e a independência de Angola.
«Daí, com maior ou menos facilidade, conduzir-se-iam as suas acções no decurso do processo de descolonização», previa Almeida e Brito, o comandante dos Cavaleiros do Norte.
As Forças Militares Mistas
Ao tempo, fomentava-se a criação das chamadas Forças Militares Mistas - que deveriam ser (mas não chegaram a ser) o futuro Exército Nacional de Angola - e as posições militares portuguesas seriam ocupadas pelos nacionalistas. Assim aconteceu com Vista Alegre e Ponte do Dange, de onde saiu a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, do capitão miliciano Castro Dias, a 24 de Abril de 1975. E Aldeia Viçosa, a 26, comandada pelo capitão José Manuel Cruz.
Os «zalalas» rodaram para o Songo, com um destacamento em Cachalonde. Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa para Carmona, instalando-se no BC12 - onde, desde 2 de Março, já estava a CCS.
Por Carmona e nos Cavaleiros do Norte deixou rasto... poético, na edição que assinalou o primeiro ano do BCAV. 8423 em Angola, em Junho de 1975.
Achado de férias em Luanda, por lá ficou e regressei a Portugal de avião, a 22 de Outubro de 1975, continuando militar no serviço de Justiça até ao Verão de 1976, num quartel perto de Sete Rios... por aí!.
O Lages ao centro e atrás, ladeado pelo 1º. cabo Almeida e pelo furriel Flora. À frente, os furriéis, Costa, Reino e Carvalho |
Lages do bar no Hospital
Militar de Tomar !
O soldado Lages, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, deslocou-se ao Hospital Militar de Tomar, a 6 de Maio de 1974.
Há 49 anos e para uma consulta externa.
Carlos Alberto de Aguiar Lajes, é dele que falamos, foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e integrou o PELREC da CCS, mas, em Angola, serviu sempre como barista na messe e bar de sargentos do Quitexe. Já se tinha deslocado ao mesmo hospital, também para consulta externa, no dia 3 imediatamente anterior. Em ambos os casos, ao RC4 regressando no mesmo dia.
O Lages mora(va) em Lisboa, ao tempo no Pátio da Bica, da freguesia do Socorro, e estava ligado a uma companhia de teatro. Infelizmente, desconhecemos a sua actual situação, apesar das várias e insistentes diligências feitas nos últimos anos.
João Inácio |
faz 71 anos na Covilhã !
O 1º. cabo João Francisco da Silva Inácio, combatente da 2ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Manuel Cruz, festeja 71 anos a 7 de Maio de 2023.
Atirador de Cavalaria de esacialidade militar dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa e natural de Cortes do Meio, no concelho da Covilhã, lá regressou no final da sua jornada angolana do Uíge, que tambem o fez rodar pela cidade de Carmona
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