A baía de Luanda, vista da fortaleza, no dia 9 de Outubro de 2019, quando por lá passou o furriel Viegas. Nada mais nada menos que mais de 44 anos depois da férias de Abril de 1975 |
O furriel José Oliveira, do Liberato, que hoje festeja 73 anos, em Águeda, e o capitão Victor Correia, ambos da CCAÇ. 209/RI 21, e esposa |
A cidade de Luanda acordou, no dia 1 de Abril de 1975 - Dia das Mentiras!!!... - com as acusações da FNLA às Forças Armadas Portuguesas que, perto do Ambriz, impediriam o avanço de uma sua coluna sobre a capital angolana.
«Foram as FAP o suporte, durante 48 anos, do fascismo em Portugal e de 14 anos de guerra das colónias portuguesas», lia-se no jornal «Liberdade e Terra», órgão oficial do movimento de Holden Roberto.
Mais, o ataque à imprensa portuguesa (a do continente): «Insidiosa campanha contra a a FNLA», titulava o jornal, a toda a largura da primeira página. A última era ocupada, integralmente, com outro título: «Imperialismo manobra | Imprensa portuguesa contra a FNLA». Com artigos a culminar, referia o Diário de Lisboa desse dia 1 de Abril de há 41 anos, «ameaças aos jornalistas e exigindo a sua expulsão» e garantindo que «não permitiremos mais tempo que esses manipuladores, esses agitadores da opinião pública, continuem aqui, na nossa pátria, prosseguindo a nefasta tarefa de que vieram incumbidos». E, por outro lado, exigindo que «seja proibida a circulação de jornais portugueses que insistam nos ataques tendenciosos, nas imagens deturpadas, na calúnia miserável do nosso movimento e do seu glorioso braço armado, o ELNA».
Mais, o ataque à imprensa portuguesa (a do continente): «Insidiosa campanha contra a a FNLA», titulava o jornal, a toda a largura da primeira página. A última era ocupada, integralmente, com outro título: «Imperialismo manobra | Imprensa portuguesa contra a FNLA». Com artigos a culminar, referia o Diário de Lisboa desse dia 1 de Abril de há 41 anos, «ameaças aos jornalistas e exigindo a sua expulsão» e garantindo que «não permitiremos mais tempo que esses manipuladores, esses agitadores da opinião pública, continuem aqui, na nossa pátria, prosseguindo a nefasta tarefa de que vieram incumbidos». E, por outro lado, exigindo que «seja proibida a circulação de jornais portugueses que insistam nos ataques tendenciosos, nas imagens deturpadas, na calúnia miserável do nosso movimento e do seu glorioso braço armado, o ELNA».
O «Diário de Lisboa» de 1/04/1975 noticiava acusações da FNLA às Forças Armadas Portuguesas |
Tempo de tiros e
férias em Luanda!
O ataque do «Liberdade e Terra» era extensivo a Rosa Coutinho, à ANI e jornalistas (no geral), ao ministro da Comunicação Social (comandante Correia Jesuíno), Governo de Transição e Alto-Comissário (Silva Cardoso), comandante das Forças Armadas, à Lei de Imprensa, ao PCP e «declaradamente ao MPLA».
O dia, lá por Luanda - onde eu e o Cruz espreguiçávamos as nossas férias!!!... -, parecia mais calmo que os anteriores.
O dia, lá por Luanda - onde eu e o Cruz espreguiçávamos as nossas férias!!!... -, parecia mais calmo que os anteriores.
O tiroteio da véspera, na Avenida do Brasil, afinal não passara de «um pequeno incidente» e, reportava o «Diário de Lisboa» desse dia, «esta manhã, crianças e jovens brancos dirigiam-se calmamente para as escolas e liceus». Mas, nessa mesma manhã de há 44 anos, foi preso Adalberto Vieira Lopes, desenhador da Câmara Municipal de Luanda e militante do MPLA. Preso por elementos armados do ELNA - o Exército Nacional de Libertação de Angola, braço armado da FNLA. O mesmo ELNA que, na véspera, já detivera Couto Cabral, director dos Serviços de Informação, levado para a sede da FNLA, «onde esteve durante hora e meia».
Eu e o Cruz, saídos do Katekero, matabichámos calmamente na Portugália e demos uma saltada às praias da ilha, onde regaladamente almoçámos e, pelo fim da tarde, nos juntámos com o Alberto Ferreira, 1º. cabo especialista da FAP, para, juntos, cobiçar os prazeres da noite de Luanda.
Eu e o Cruz, saídos do Katekero, matabichámos calmamente na Portugália e demos uma saltada às praias da ilha, onde regaladamente almoçámos e, pelo fim da tarde, nos juntámos com o Alberto Ferreira, 1º. cabo especialista da FAP, para, juntos, cobiçar os prazeres da noite de Luanda.
Oliveira, furriel do Liberato,
festeja 73 anos em Águeda !
Hoje mesmo e em Águeda.
A sub-unidade do Liberato foi formada no Regimento de Infantaria nº. 21, em Nova Lisboa (actual Huambo) e, no essencial, integrava militares angolanos e alguns quadros europeus. Que normalmente iam em rendição individual. Foi o caso do furriel miliciano Oliveira, que, ainda assim, por lá cumpriu 22 meses de comissão - nela tendo dois comandantes: os capitães António Manuel Palma Baracho (oficial do quadro, faecido a 17 de Agosto de 2006) e, depois, o miliciano Victor Correia, que foi de alferes a tenente e depois liderou a companhia.
O furriel Oliveira regressou a Portugal e chegou à sua casa do Caramulo, pelas 23 horas da noite de Natal de 1974! Ainda a tempo de consoada.
Fez carreira profissional como funcionário bancário da Caixa Geral de Depósitos, e, já aposentado, reside em Águeda - onde estudou, trabalhou e se radicou, por lá fazendo longas e saudáveis caminhadas diárias, «divididas» com a sua horta caramulana.
Parabéns!
Fez carreira profissional como funcionário bancário da Caixa Geral de Depósitos, e, já aposentado, reside em Águeda - onde estudou, trabalhou e se radicou, por lá fazendo longas e saudáveis caminhadas diárias, «divididas» com a sua horta caramulana.
Parabéns!
festeja 72 anos em Cinfães !
O soldado Jerónimo de Oliveira Sousa, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 72 anos a 1 de Abril de 2024.
Sapador de especialidade militar, também futebolou durante a sua (e nossa) jornada africana do norte uíjano de Angola, que o (nos) levou ao Quitexe e a Carmona, actual cidade do Uíge, no BC12.
O soldado Jerónimo de Oliveira Sousa, Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 72 anos a 1 de Abril de 2024.
Sapador de especialidade militar, também futebolou durante a sua (e nossa) jornada africana do norte uíjano de Angola, que o (nos) levou ao Quitexe e a Carmona, actual cidade do Uíge, no BC12.
Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fixou-se na sua natal terra de Chousas, localidade da freguesia de Souselo, do município de Cinfães.
Sabemos que trabalha(ou) na área da construção civil, agora já aposentado, e que por lá continua a viver. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!
Sabemos que trabalha(ou) na área da construção civil, agora já aposentado, e que por lá continua a viver. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!
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