CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 21 de maio de 2025

- HÁ 51 ANOS: A primeira operação militar nas matas do Uigeangolano!

O PELREC da CCS do BCAV. 8423 que há 51 anos se integrou na «Operação Castiço DIH» nas terras
e matas uíjanas do norte de Angola. De pé, o alferes Garcia, Caixarias, 1º. cabo Pinto, Marcos, furriel
Viegas, 1º. cabo Silvestre (?), Florêncio, Messejana, Neves e 1º. cabo Almeida. Em baixo, furriel Neto,
Madaleno, Aurélio (Barbeiro), 1ºs. cabos Hipólito e Oliveira, Leal, Francisco e 1ºs. cabos Soares e
 Vicente. Garcia, Messejana, Almeida, Leal, Soares e Vicente já faleceram. RIP!!!
Alferes António Garcia (PELREC)



O dia 20 de Maio de 1974, há 51 anos, foi o da primeira operação militar do Batalhão de Cavalaria 8423 (o BCAV. 8423) em terras do Uíge - a Castiço DIH, na qual participaram todas as subunidades do Batalhão.
«Não se viu grande compensação do esforço desenvolvido pelas NT, pois que, salvo uma emboscada sem consequências, no Tabi, só teve por reacção IN a materialização de tiros de aviso», relata o livro da «História da Unidade».
O BCAV. 8423 era comandado pelo tenente-coronel Almeida e Brito, com 4 companhias: a CCS, no Quitexe (comandada pelo capitão António Martins), a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala (do capitão Castro Dias), a 2ª. CCAV. 8423, de Aldeia Viçosa (do capitão José Manuel Cruz) e 3ª. CCAV. 8423, em Santa Isabel (do capitão José Paulo Fernandes).
Menos sorte teve a 41ª. Companhia de Comandos, também envolvida na operação, já que um seu soldado accionou uma mina anti-pessoal e viria a
O Neves,  o 1º. cabo
Soares e o furriel Viegas
perder um pé. Tal facto, de resto, levou-a a retirar «após escassas horas de operação», quando, para ela, «envolveria 8 dias de actividade operacional».
A operação foi sentida de forma intensa e cautelosa, da nossa parte. Era a primeira vez que, em situação real, íamos exercer o que aprenderamos na instrução normal e, mais tarde, no IAO.
Recordo, da parte do alferes Garcia, palavras ponderadas e incentivadoras: «Não há melhores soldados que nós e chegou a hora de mostrarmos, na prática, as virtudes que nos pediram e que saberemos cultivar, aqui no quartel ou nos trilhos e picadas das matas que vamos conhecer».
Palavras parecidas com estas, que o Garcia terminou com o grito dos «Ranger´s": Yáááááááá!!!!....».
O 1º. cabo Fernando Soares, infelizmente falecido em Março de 2020 e que era, de todos nós, provavelmente, o mais «refilão» e incontido, deixou escapar um surdo «filhos da p...., fod...-se, pretos dum car..., fod... os todos!!!», que eu mesmo lhe desvalorizei com um ríspido «esteja calado», que o deixou fulo comigo.
«Ó furriel, pá.... o que é que nos vai acontecer?»
, perguntou-me o Soares, com alguma angústia estampada na cara.
«Vamos embora...», disse-lhe eu. E fomos. E voltámos! Sem problemas de maior! E já la vão 51 anos!!!

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