CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

2 906 - Cessar fogo, combates e FNLA perto de Luanda

Rocha e Fonseca (ambos de bigode), Viegas (a comer), Belo (de óculos), Ribeiro (a olhar para a esquerda dele) e Pires, de Bragança). Monteiro (de costas, Cândido Pires (de bigode e a olhar para a esquerda), Machado e Dias (de costas, este de óculos, à direita), no Quitexe. Em baixo, notícia DL de 15 de Outubro de 1975




A 15 de Outubro de 1974, a FNLA, anunciou o cessar fogo, «não oficial, é certo», como se lê no Livro da Unidade, e este foi um dos «três acontecimentos da mais elevada importância» desse mês, no que toca à ZA dos Cavaleiros do Norte. Os outros foram «o desarmamento dos milícias rurais» (coisa nada fácil) e «o êxodo maciço dos trabalhadores» do centro/sul - o que, para altura da campanha do café, poria em perigo a economia da região uíjana.
Um ano depois, o MPLA assumia-se como «o único legítimo representante do povo angolano» e, longe de se entender com UNITA e FNLA, afirmava, pela voz de Agostinho Neto, que proclamaria a independência a 11 de Novembro «aconteça o que venha a acontecer», porque era «impossível qualquer conciliação» com os dois rivais.
«São movimentos fantoches, alimentados e manipulados fora do país e totalmente estranhos aos sentimentos do nosso povo», disse Agostinho Neto.
Simultâneamente, a nordesde de Luanda, perto do nó rodoviário de Samba Caju, tropas do MPLA e da FNLA travavam «importantes combates». Na frente leste, perto do Luso, eram entre a MPLA e a UNITA. A Comissão de Reconciliação da OUA, em Luanda e depois de uma visita a Cabinda, projectava viajar para Nova Lisboa, no Huambo (a 15) e Carmona, no Uíge (a 16),  Em Cabinda, tinha sido recebida por multidão a gritar pelo MPLA. E também escutou vozes de recusa de qualquer acordo com a FNLA e a UNITA. 
«Conciliação com a FNLA e a UNITA?», perguntou um dirigente do MPLA, citado pelo Diário de Lisboa.
«Não. Esmaguem-nos, esmaguem-nos», gritou a mulltidão.
Oura notícia do DL dava conta (ver imagem) de que «forças da FNLA estão a prosseguir o seu avanço sobre a capital encontrando-se a 25 quilómetros da cidade». Na véspera, dia 14, «mantinham-se ainda na frente do Caxito e da Barra do Dande. a 50 quilómetros da capital angolana».

Sem comentários:

Enviar um comentário