A 27 de Agosto de 1975, um comunicado do MPLA deu conta que, na véspera, for-
ças militares sul-africanas «voltaram a violar a zona de Santa Clara, prosse-
guindo desta vez a sua marcha para Namacunde, em direcção a Chieve».
A primeiro violação do território angola-
no já teria acontecido no dia 21, pelo mesmo posto fronteiriço de Santa Clara, povoação que, relatava o Diário de Lis-
boa, «foi totalmente arrasada». A 27 de Agosto de há 42 anos e ainda segundo o comunicado do MPLA, «ameaçavam in-vadir Pereira d´Eça, capital do Cunene»,
distrito controlado pelo movimento
A invasão sul-africana de Angola, na imprensa portuguesa de há precisamente 42 anos |
O Conselho de Ministros português, presidido pelo coronel Vasco Gonçalves (o 1º. Ministro de então), já na madrugada desse mesmo dia 27 de Agosto de 1975 - e após uma reunião de 15 horas, começada na véspera... e em Lisboa - aprovou a «emissão de obrigações da dívida pública até 5 milhões de contos, relativas às deslocações e assistência aos retornados nacionais».
Era, segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o valor dos encargos previstos para o ano de 1975, «a realizar ou já assumidas». Por essa altura, recordemos, uma histórica ponte aérea estava a, diariamente, transportar milhares de civis de Angola para Lisboa. Os chamados «retornados».
Notícia do Diário de Lisboa sobre o julgamento e fuzilamento de 6 militantes do MPLA. Há precisamente 42 anos! |
Julgalmento popular e
fuzilamento de 6 FAPLA´s
O dia 27 de Agosto de 1975, já lá vão 42 anos..., fica para a história angolana como sendo o do primeiro julgamento de um tribunal popular, que condenou à morte 6 elementos das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA),o exército do MPLA.
O julgamento decorreu no bairro Sambizanga, um dos vários dos subúrbios da capital angolana, sendo os 6 elementos acusados de «violarem, roubarem e assassinarem 11 pessoas». O tribunal, cuja composição desconhecemos, segundo o Diário de Lisboa então reportou, «pronunciou-se contra os réus, que foram fuzilados em público».
O MPLA, sobre os factos, emitiu um comunicado em que alertou os seus militantes para «a necessidade de cumprirem, integral e conscientemente, as disposições contidas nas leis de disciplina das FAPLA» e, por outro lado, reafirmou «mais uma vez», que «toda a infracção a esse lei será punida com a justiça e a rigidez que ele permite e que a gravidade do caso impuser».
O furriel Machado, doutor de Portugal, desde Dezembro 2014 |
Doutor Manuel Machado,
65 anos em Braga!!!
O furriel miliciano Machado, mecânico de armamento da CCS dos Cavaleiros do Norte, está em festa no dia 28 de Agosto de 2017: comemora 65 anos!
Furriel miliciano, ponto e vírgula: senhor doutor (por extenso) Manuel Afonso Machado, pois é doutorado em Ciências Empre-
sariais pela Universidade Fernando Pessoa, desde 10 de De-
zembro de 2014. A tese de doutoramento e foi «A avaliação da qualidade de serviço e da satisfação dos clientes da EDP Distri-
buição» - com a classificação máxima no grau pela Universida-
de Fernando Pessoa: aprovado por unanimidade do júri e com felicitações.
O Machado já era um dos primeiros a ter o grau de mestre pelo Instituto Poli-
écnico do Cávado e do Ave (IPCA), de que é docente convidado, e o segundo antigo aluno Doutorado em Ciências Empresariais. É licenciado em Contabi-
lidade, pós-graduado em Higiene e Segurança do Trabalho, especialista em Gestão de Empresas, Mestre em Gestão e Doutor em Ciências Empresariais.
Profissionalmente, é Técnico Superior de Higiene e Segurança do Trabalho, acreditado pela Autoridade das Condições de Trabalho (ACT). Tem publicados artigos da área da gestão, em revistas científicas da especialidade.
Os parabéns dos Cavaleiros do Norte são expressão merecida para o indesmen-
tível mérito deste companheiro da jornada africana do Uíge angolano, que nas-
ceu em Covelo do Gerez (Montalegre), mora em Braga, amanhã faz 65 anos e se tornou Doutor de Portugal. Grande abraço, grande Machadinho!!!
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