Condutores da CCS do BCAV. 8423: Henrique Esgueira, António Gonçalves e José A. Gomes |
A terça-feira de 16 de Setembro de 1975, há precisamente 48 anos, foi tempo de a imprensa angolana noticiar que «a calma é (era) total em Luanda».
A cidade capital de Angola estava,miitarmente controlada pelo MPLA e suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) - o seu braço armado.
Cidade de onde, também, se confirmava que «o êxodo da população branca há várias dias que vem enfraquecendo».
A véspera tinha sido tempo de o representante da UTA ser surpreendido, segundo o relato do «Diário de Lisboa», por «não encontrar qualquer passageiro para o voo diário fretado pelo Governo Francês, com destino a Lisboa».
A véspera tinha sido tempo de o representante da UTA ser surpreendido, segundo o relato do «Diário de Lisboa», por «não encontrar qualquer passageiro para o voo diário fretado pelo Governo Francês, com destino a Lisboa».
Um Boeing 707 da Força Aérea Alemã e um Liunchym da Alemanha de Leste «tinham embarcado os desalojados inscritos nos seus voos».
O dia 15 de há 48 aos foi também tempo para se iniciarem «os voos directos para o Porto», devido ao congestionamento do aeroporto de Lisboa e evacuando desalojados de Angola. Lá chegou um avião da TAP com 160 passageiros, logo levados para a Fábrica de Conservas Serrano, em Matosinhos, «onde lhe foram prestados os primeiros serviços de assistência».
O dia 15 de há 48 aos foi também tempo para se iniciarem «os voos directos para o Porto», devido ao congestionamento do aeroporto de Lisboa e evacuando desalojados de Angola. Lá chegou um avião da TAP com 160 passageiros, logo levados para a Fábrica de Conservas Serrano, em Matosinhos, «onde lhe foram prestados os primeiros serviços de assistência».
A FNLA (e o seu ELNA) estava limitada aos seus bastiões do norte: Ambriz e Carmona. A «nossa» Carmona!
O furriel Viegas na Estrada do Café e na placa de entrada da vila do Quitexe, do lado de Luanda. Lá passou a 24 e 25 de Setembro de 2019 |
Patrulhas permanentes
e operações... «stop»!
Um ano antes, em 1974, a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão Davide Castro Dias, recebeu três reforços, oriundos dos Grupos de Mesclagem: Pedro Gila, Justino Nambu e Pena C. Messa. Todos do Regimento de Infantaria 20 (RI20), de Luanda.
Os Cavaleiros do Norte continuavam com «permanentes patrulhamentos na ZA, nomeadamente nos pontos críticos em redor dos centros urbanos e aquartelamentos», assim como, refere o livro «História da Unidade», «às diversas fazendas».
O livro, de resto, sublinha também que «mereceu também a maior atenção a garantia de liberdade de trânsito em todos os itinerários, com maior incidência para o itinerário entre o Quitexe e Carmona». Para tal e «para além de aumentar o número de patrulhamentos realizados, variando-os no tempo e no espaço, passaram a ser diariamente executadas operações «stop», com vista a efectivar o controlo de passageiros e de mercadorias em trânsito, destas nomeadamente armamento e munições».
e operações... «stop»!
Um ano antes, em 1974, a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão Davide Castro Dias, recebeu três reforços, oriundos dos Grupos de Mesclagem: Pedro Gila, Justino Nambu e Pena C. Messa. Todos do Regimento de Infantaria 20 (RI20), de Luanda.
Os Cavaleiros do Norte continuavam com «permanentes patrulhamentos na ZA, nomeadamente nos pontos críticos em redor dos centros urbanos e aquartelamentos», assim como, refere o livro «História da Unidade», «às diversas fazendas».
O livro, de resto, sublinha também que «mereceu também a maior atenção a garantia de liberdade de trânsito em todos os itinerários, com maior incidência para o itinerário entre o Quitexe e Carmona». Para tal e «para além de aumentar o número de patrulhamentos realizados, variando-os no tempo e no espaço, passaram a ser diariamente executadas operações «stop», com vista a efectivar o controlo de passageiros e de mercadorias em trânsito, destas nomeadamente armamento e munições».
O furriel Viegas e o amigo Albano Resende na ilha de Luanda e em férias, Setembro de 1974. Há 49 anos! |
Férias por toda
a imensa Angola!
O mês de Setembro de 1974 foi tempo para férias angolanas do blogger (furriel miliciano Viegas), que as passou em trânsito continuado por Luanda, Gabela, Novo Redondo, Nova Lisboa, Sá da Bandeira e Moçâmedes, Silva Porto, Lobito e Benguela, por aí fora..., e de novo Luanda, visitando familiares e amigos/conterrâneos.
Foram semanas magníficas, não só pelo conforto moral e psicológico do encontro com toda essa gente mais próxima e íntima, como pela descoberta da imenso e enfeitiçante território e gentes de Angola, viajando de avião de automóvel, de autocarro, à boleia e de comboio. Férias repetidas em Abril de 1975, com itinerário quase igual e desta feita com o furriel António José Cruz.
a imensa Angola!
O mês de Setembro de 1974 foi tempo para férias angolanas do blogger (furriel miliciano Viegas), que as passou em trânsito continuado por Luanda, Gabela, Novo Redondo, Nova Lisboa, Sá da Bandeira e Moçâmedes, Silva Porto, Lobito e Benguela, por aí fora..., e de novo Luanda, visitando familiares e amigos/conterrâneos.
Foram semanas magníficas, não só pelo conforto moral e psicológico do encontro com toda essa gente mais próxima e íntima, como pela descoberta da imenso e enfeitiçante território e gentes de Angola, viajando de avião de automóvel, de autocarro, à boleia e de comboio. Férias repetidas em Abril de 1975, com itinerário quase igual e desta feita com o furriel António José Cruz.
Férias que repeti na jornada de saudade que fiz em 2019, em Luanda desembarcando a 22 de Setembro e de lá voltando a 10 de Outubro, com particular passagem pelo Quitexe e por Carmona, como por Ponte do Dange, Vista Alegre e Aldeia Viçosa - terras uíjanas do norte de Angola por onde, entre outras, jornadearam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
E, depois, por Huambo (Nova Lisboa), Novo Redondo, Porto Amboim, Gabela, Lobito, Catumbela e Benguela, Viana e Grafanil!
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