CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 30 de setembro de 2023

7 311. Acção ofensiva do IN contra madeireiros! O (não) avanço do MPLA para o Uíge!


Cavaleiros do Norte do PELREC. Francisco e Madaleno (à esquerda). De bigode, à frente, o Silvestre, depois o
Aurélio Barbeiro (abaixado), o Florêncio (de bigode), Messejana, Soares e Vicente (ambos de bigode). Atrás 
destes, de cerveja na mão, o Alberto Ferreira. Aqui à frente, o alferes Garcia e o Armindo Gomes (a rir).
Gomes (a rir). O António (com boina no ombro), o Dionísio, dois desconhecidos e o Leal (boina no ombro).
Atrás dele, o Almeida. E os três da direita, lá atrás? 
Cavaleiros do Norte do PELREC em 2010: Augusto Florêncio,
Francisco António (que hoie festeja 71 anos em Abrantes), os
furriéis Neto e Viegas e 1º. cabo Albino Ferreira (já falecido)


A 30 de Setembro de 1974, há 49 anos e há poucos dias regressado ao Quitexe e já depois do incidente da CCAÇ. 209/RI 21 - a companhia do Liberato, que se revoltou -, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423,  ainda que sempre muito atentos, jornadeavam relativamente tranquilos pelas terras do Uíge angolano.
Os dias do «bem-bom» que eu mesmo tivera nas férias que me levaram a galgar quilómetros pela imensa Angola e por eles ter andado a laurear o queijo, tinham acabado! Por eles me «passeei», sentindo-lhe os cheiros e os sentidos e almofadando abraços ao mar de amigos e familiares que por lá, de Luanda ao Huambo (Nova Lisboa), Silva Porto e Gabela, Lobito e Benguela, faziam pela vida. 
Foi isto há 49 anos! 
Como o tempo passa!!!
Notícias, havia. E frescas. E menos boas: «O IN realizou uma acção ofensiva na área do Liberato, ao atacar madeireiros», leio agora, no livro «História da Unidade». Não era a melhor recepção, até porque também tinha havido uma flagelação a uma viatura da JAEA, na Quinta das Arcas.

A ligação de Luanda a Carmona (Uíge)

O (não) avanço do
MPLA para o Uíge!


Há 48 anos, por finais de Setembro de 1975 e já por esta aldeia das minhas primeiras fraldas e chegado da jornada angolana há menos de um mês, fazia vésperas para retomar o meu trabalho profissional, na Grésil (onde por 16 anos fui quadro) e procurava notícias de Angola. 
Não eram as melhores: a FNLA mantinha-se no Caxito, não se conhecia avanço do MPLA para o Uíge mas era seguro que não desfazia armas para manter a sua supremacia territorial.
Campala, neste dia de 1975, foi cada para a cimeira dos três partidos, a que falou o MPLA. A própria FNLA, a horas da abertura, não tinha confirmada presença; só a UNITA de Savimbi já estava na cidade ugandesa. Para além da delegação portuguesa: tenente-coronel Costa Braz, capitão Rui Castro Guimarães e João Teixeira da Mota. País participantes, foram Argélia, Burundi, Gana, Alto Volta, Quénia e Lesotho, Marrocos, Nigéria, Somália e Uganda. Formavam a Comissão Conciliadora para Angola.
Ao Algarve, chegavam dez das 18 traineiras que, a 4 de Setembro, tinham saído de Luanda, rumo à Europa e a fugir dos dramas da guerra. Fundearam em Vilamoura e Olhão e as restantes navegavam entre Dakar (Senegal) e o Algarve. Em apoio, foram a fragata Pereira da Silva e a corveta Honório Barreto.

Domingos Teixeira

D. Teixeira, 1º. cabo 
estofador da CCS,
71 anos no Porto !

O 1º. cabo Domingos Augusto Teixeira, estofador de especialidade militar e combatente da CCS do BCAV. 8423, festeja 71 anos a 30 de Setembro de 2023.
Hoje mesmo, neste sábado de sol!
Cavaleiro do Norte do Parque-Auto do Quitexe, comandado pelo alferes miliciano António Cruz,  regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do norte uíjano de Angola.
Regresssou ao seu Bairro do Cerco, na cidade de Porto, por onde fez vida familiar e profissional como funcionário público e, já aposentado, lá continua a morar e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
Francisco António

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