O que foi quartel dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa e a 25 de Setembro de 2019 Clicar na imagem para a ampliar |
A imprensa portuguesa da 29 de Outubro de 1975, há 48 anos, dava, finalmente, notícias de Carmona e do Uíge, dando conta do «recuo, na Frente Norte e zona de confrontações no triângulo Barra do Dande-Caxito-Libongos, das forças mercenárias do ELNA».
O «Diário de Lisboa», que citamos com a devida vénia, acrescentava que «dada a contra-ofensiva desencadeada pela forças populares, as forças mercenárias abandonaram as suas posições naquela zona, tendo-se retirado para posições próxima do Ambrizete».
Estávamos a 13/14 dias da independência de Angola e o «Diário de Lisboa» desse dia acrescentava que «inclusive, as forças que possuíam no Ambriz foram igualmente concentradas naquela região».
A retirada, porém, poderia significar «o reagrupamento de efectivos», dado que, e continuo a citar o DL, «as forças mercenárias sofreram pesadas perdas em homens e material de guerra». Ontem mesmo, adiantava o jornal, «após violentos combates na 1ª. Região Militar (do MPLA), as forças mercenárias deixaram no terreno dois blindados zairenses e os seus ocupantes».
As linhas de confrontação situavam-se, por essa altura, pela zona de Santa Eulália e havia já «unidades das forças regulares localizadas em Camabatela» - que fica(va) muito perto do Quitexe.
Notícias de Carmona e
Uíge, via rádio oficial!
O dia de há 48 anos foi, também, tempo de o MPLA acusar «a rádio dos mercenários, localizada em Carmona, capital da província do Uíge», a imediatamente anterior Rádio Clube do Uíge, para «esconder as pesada derrotas sofridas na frente do Caxito, anuncia que os mercenários retiraram porque tinham de poupar o povo, que já não tinha comida em Luanda, nem água», noticiava o «Diário de Lisboa».
Por mercenários, entendam-se, na linguagem do MPLA e das suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), serem as forças da FNLA e quem as apoiava.
«Foi a UPA/FNLA que enviou água para Luanda, em aviões da Cruz Vermelha, para que o povo não morresse de sede», escrevia, entretanto, o Diário de Lisboa, por despacho do «Diário de Luanda», dando voz à rádio controlada pelo movimento de Holden Roberto - a FNLA e o seu ELNA - que emitia a partir de Carmona. Do estúdio local da Emissora Oficial de Angola - a já citada Rádio Clube do Uíge (imagem).
Apresentação de 6
elementos da FNLA...
Um ano antes, precisamente e de relevo, registou-se a apresentação «pela primeira vez, de um grupo de 6 elementos armados da FNLA».
Eram 7,30 horas da manhã quando contactaram o Comando do BCAV. 8423 e as autoridades administrativas do Quitexe, comandados pelo sub-comandante João Alves e dizendo-se pertencer ao «quartel» Aldeia.
Pretendiam esclarecer «actividades na Serra do Quibinda, que julgavam ser das NT», como refere o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, precisando que «facilmente se concluíram ser de elementos estranhos que procuram, certamente, criar um clima de desconfiança local entre a FNLA e as NT».
O «Diário de Lisboa», que citamos com a devida vénia, acrescentava que «dada a contra-ofensiva desencadeada pela forças populares, as forças mercenárias abandonaram as suas posições naquela zona, tendo-se retirado para posições próxima do Ambrizete».
Estávamos a 13/14 dias da independência de Angola e o «Diário de Lisboa» desse dia acrescentava que «inclusive, as forças que possuíam no Ambriz foram igualmente concentradas naquela região».
A retirada, porém, poderia significar «o reagrupamento de efectivos», dado que, e continuo a citar o DL, «as forças mercenárias sofreram pesadas perdas em homens e material de guerra». Ontem mesmo, adiantava o jornal, «após violentos combates na 1ª. Região Militar (do MPLA), as forças mercenárias deixaram no terreno dois blindados zairenses e os seus ocupantes».
As linhas de confrontação situavam-se, por essa altura, pela zona de Santa Eulália e havia já «unidades das forças regulares localizadas em Camabatela» - que fica(va) muito perto do Quitexe.
Rádio Clube do Uíge,a 25 de Setembro de 2019. Há 48 anos, era de lá que a FNLA comunicava com Angola e o mundo |
Notícias de Carmona e
Uíge, via rádio oficial!
O dia de há 48 anos foi, também, tempo de o MPLA acusar «a rádio dos mercenários, localizada em Carmona, capital da província do Uíge», a imediatamente anterior Rádio Clube do Uíge, para «esconder as pesada derrotas sofridas na frente do Caxito, anuncia que os mercenários retiraram porque tinham de poupar o povo, que já não tinha comida em Luanda, nem água», noticiava o «Diário de Lisboa».
Por mercenários, entendam-se, na linguagem do MPLA e das suas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), serem as forças da FNLA e quem as apoiava.
«Foi a UPA/FNLA que enviou água para Luanda, em aviões da Cruz Vermelha, para que o povo não morresse de sede», escrevia, entretanto, o Diário de Lisboa, por despacho do «Diário de Luanda», dando voz à rádio controlada pelo movimento de Holden Roberto - a FNLA e o seu ELNA - que emitia a partir de Carmona. Do estúdio local da Emissora Oficial de Angola - a já citada Rádio Clube do Uíge (imagem).
O livro História da Unidade» |
Apresentação de 6
elementos da FNLA...
Um ano antes, precisamente e de relevo, registou-se a apresentação «pela primeira vez, de um grupo de 6 elementos armados da FNLA».
Eram 7,30 horas da manhã quando contactaram o Comando do BCAV. 8423 e as autoridades administrativas do Quitexe, comandados pelo sub-comandante João Alves e dizendo-se pertencer ao «quartel» Aldeia.
Pretendiam esclarecer «actividades na Serra do Quibinda, que julgavam ser das NT», como refere o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, precisando que «facilmente se concluíram ser de elementos estranhos que procuram, certamente, criar um clima de desconfiança local entre a FNLA e as NT».
Silva, rádio-montador
da CCS, faz 71 anos em
Vila Nova de Gaia!
O soldado António de Jesus Pereira da Silva, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, vai festejar 71 anos. Amanhã, dia 30 de Outubro de 2023!
Rádio-montador de especialidade militar, jornadeou pela vila do Quitexe e cidade de Carmona, sempre integrando o grupo de trabalho coordenado pelo furriel miliciano António José Dias Cruz e que incluía os 1ºs. cabos António Correia Lourenço Pais e Rodolfo Hernâni Tavares Tomás.
Vila Nova de Gaia!
O soldado António de Jesus Pereira da Silva, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, vai festejar 71 anos. Amanhã, dia 30 de Outubro de 2023!
Rádio-montador de especialidade militar, jornadeou pela vila do Quitexe e cidade de Carmona, sempre integrando o grupo de trabalho coordenado pelo furriel miliciano António José Dias Cruz e que incluía os 1ºs. cabos António Correia Lourenço Pais e Rodolfo Hernâni Tavares Tomás.
O Silva era (e é) natural de Santa Eulália, em Oliveira do Douro, município de Vila Nova de Gaia, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975. E por lá (e bem) tem feito vida profissional e familiar, sempre pronto para tudo.
Actualmente, sendo participante habitual dos encontros anuais da CCS, trabalha e vive em Vila Nova de Gaia, para onde vai, muito afectuoso, forte e amigo, o nosso abraço de parabéns!
Actualmente, sendo participante habitual dos encontros anuais da CCS, trabalha e vive em Vila Nova de Gaia, para onde vai, muito afectuoso, forte e amigo, o nosso abraço de parabéns!
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