CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 11 de novembro de 2023

7 263 - As três proclamações de independência de Angola! As do MPLA, da FNLA e da UNITA!


A declaração do MPLA, em Luanda, a capital, a 11 de Novembro de 1975, há 48 anos: «Diante 
de África e do mundo, proclamo a independência de Angola»disse o presidente Agostinho Neto
Holden Roberto e Jonas Malheiro Savimbi, respectivamente
presidentes da FNLA e da UNITA, movimentos de libertação de
Angola, que também proclamaram a independência


A independência de Angola foi proclamada em dose tripla mas unilateral, a 11 de Novembro de 1975, hoje se passam 48 anos: uma em Luanda, pelo MPLA (a que viria a «vingar» e a ser reconhecida), outra no Ambriz, não muito longe (a da FNLA), e uma outra em Nova Lisboa (a da UNITA).
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 há mais de dois meses que tinham regressado a Portugal, mas, de ouvidos e olhos bem, abertos, continuavam 
A proclamação de Agostinho Neto
atentos à actualidade angolana. E, naturalmente, ao dia da independência - o histórico 11 de Novembro de 1975!
A declaração do MPLA ocorreu uma hora antes (às 23,10) da protocolada (zero horas do dia 11) e no estádio 1º. de Maio, em Luanda. Chegou a Portugal em directo e ouvia-a através da RDP. 
«Diante de África e do mundo, proclamo a independência de Angola», disse o presidente Agostinho Neto, num discurso que pode ser ouvido através do link abaixo indicado. 
O Diário de Lisboa, na reportagem sobre o histórico acontecimento, noticiou que «um combatente do «4 de Fevereiro» e um pioneiro do MPLA fizeram subir à meia note, no mastro de honra, a nova bandeira de Angola».
«A euforia que se apossou de Luanda repercutiu-se por todas as zonas já completamente libertadas pelo MPLA, onde o povo, portanto, pode dar, sem medo, vazão à sua alegria», reportava o Diário de Lisboa - jornal que desde sempre deu particular atenção aos acontecimentos de Angola e era muito próximo da linha política do MPLA.
A revista brasileira «Veja» publicou cartazes da FNLA,
MPLA e UNITA e legendou-os: «Cada movimento com
o seu próprio território e a sua própria independência»

Independências no 
Ambriz e em Nova Lisboa !

O Ambriz, não muito longe de Luanda, foi cenário da declaração de independência da República Popular e Democrática de Angola, a da FNLA do presidente Holden Roberto. 
A antiga Nova Lisboa (actual cidade
Diário de Lisboa de 11 
de Novembro de 1975
 (1ª. página) 
de Huambo) foi o cenário da proclamação de independência da UNITA, o movimento liderado por Jonas Malheiros Savimbi - que não estava lá. Estavam Miguel N’Zau Puna, José N’Dele e Jerónimo Wang. Mas ambas as proclamações não foram consideradas oficiais. Não foram reconhecidas pela comunidade internacional.
Horas antes da proclamação da independência, «as forças do MPLA rechaçaram uma nova ofensiva», lançada na manhã da véspera, no Enclave de Cabinda, segundo a ANOP, precisando que «os invasores sofreram pesadas baixas, em homens e material (...), muitos prisioneiros e capturada grande quantidade de espingardas automáticas G3» e, além disso, também «destruídos blindados estrangeiros». Os atacantes fugiram para o Zaire.
Próximo de Luanda, no Quinfandongo, «a luta não cessou durante todo o dia e noite de ontem». Na mesma hora em que, em Luanda, se festejava a independência, «forças das FAPLA combatiam os mercenários da FNLA, em luta que chegou a travar-se corpo a corpo».
- O discurso de AgostinhoNeto, ver AQUI, no youtube
- A notícia do Diário de Lisboa, AQUI e AQUI
Carlos Leitão
de Santa Isabel

Leitão de Santa Isabel
em festa de 71 anos!


O soldado Leitão, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, está hoje em festa, dia 11 de Novembro de 2023: comemora 71 anos!
Carlos Manuel Leitão Feliciano, de seu nome completo, foi mecânico auto-rodas de especialidade militar (com o furriel José Lino) e jornadeou por aquela fazenda até 10 de Dezembro de 1974, quando rodou para a vila do Quitexe. Por aqui esteve até 8 de Julho de 1975, desta feita mudando para a cidade de Carmona - de onde, a 4 de Agosto deste mesmo ano, saiu para o Campo Militar do Grafanil, até 11 de Setembro, quando regressou a Portugal. 
Integrando a épica coluna militar que fez 570 quilómetros em 58,45 horas. integrando entre 700 e 800 viaturas - militares e civis. 
Agora já reformado, mora em Massamá, no município de Sintra, para onde, e para ele, vai o nosso abraço de parabens!

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