Há 38 anos, foi o 25 de Abril - que o povo veio a baptizar de Revolução dos Cravos. O BCAV. 8423 estava em Santa Margarida, no Regimento de Cavalaria nº. 4 e, pelo que leio no Livro da Unidade, não tinha sido contactado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), «nem tão pouco alguns, ou alguns dos seus oficiais».
Isso não foi razão, porém, para que, de imediato, se «sentisse como parte» e logo no dia seguinte, uma sexta-feira (26) e antes de virmos de fim de semana, o comandante Almeida e Brito explicou «a todo o pessoal, o que o MFA pretendia», em palestras «orientadas especificamente para oficiais, sargentos e praças».
Eu, no dia 25 de Abril e como habitualmente, levantei-me cedo e fui para a área de balneários do pavilhão onde dormíamos, para a higiene pessoal e desfazer a barba, estranhando que a rádio só passasse marchas militares. Era meu hábito, como ainda hoje, levantar-me cedo e tranquilamente fazer essas tarefas, antes de chegar a balbúrdia dos mais atrasados e mais apressados. Seguia depois para a messe, onde pequeno-almoçava e caminhava para o Destacamento.
As tarefas de higiene eram acompanhadas pelo pequeno transistor e a estranheza da música militar só foi interrompida pela leitura do comunicado do MFA. Eh, pá!!!!... Fui acordar toda a gente e contar a novidade, sobressaltando quem dormia os últimos minutos dessa manhã e se estremunharam com tal.
Ao sair do RC4, para o Destacamento, fomos impedidos à porta d´armas e ficámos pelo quartel durante toda a manhã. Ao destacamento fomos, da parte da tarde, mas sem nada de especial se passar.
- MFA. Comunicado lido pelo locutor Joaquim Furtado, aos
microfones do Rádio Clube Português (pai de Catarina
Furtado). Ouvir AQUI.
- TRANSISTOR. Pequeno rádio a pilhas, do tamanho
de um maço de tabaco, muito usado na altura - por ser
barato e de fácil manuseamento.
Isso não foi razão, porém, para que, de imediato, se «sentisse como parte» e logo no dia seguinte, uma sexta-feira (26) e antes de virmos de fim de semana, o comandante Almeida e Brito explicou «a todo o pessoal, o que o MFA pretendia», em palestras «orientadas especificamente para oficiais, sargentos e praças».
Eu, no dia 25 de Abril e como habitualmente, levantei-me cedo e fui para a área de balneários do pavilhão onde dormíamos, para a higiene pessoal e desfazer a barba, estranhando que a rádio só passasse marchas militares. Era meu hábito, como ainda hoje, levantar-me cedo e tranquilamente fazer essas tarefas, antes de chegar a balbúrdia dos mais atrasados e mais apressados. Seguia depois para a messe, onde pequeno-almoçava e caminhava para o Destacamento.
As tarefas de higiene eram acompanhadas pelo pequeno transistor e a estranheza da música militar só foi interrompida pela leitura do comunicado do MFA. Eh, pá!!!!... Fui acordar toda a gente e contar a novidade, sobressaltando quem dormia os últimos minutos dessa manhã e se estremunharam com tal.
Ao sair do RC4, para o Destacamento, fomos impedidos à porta d´armas e ficámos pelo quartel durante toda a manhã. Ao destacamento fomos, da parte da tarde, mas sem nada de especial se passar.
- MFA. Comunicado lido pelo locutor Joaquim Furtado, aos
microfones do Rádio Clube Português (pai de Catarina
Furtado). Ouvir AQUI.
- TRANSISTOR. Pequeno rádio a pilhas, do tamanho
de um maço de tabaco, muito usado na altura - por ser
barato e de fácil manuseamento.
Grande obra esse tal de 25 ......!!!
ResponderEliminarManPinto