Nogueira da Costa, condutor da CCAÇ. 209/RI 21, a do Liberato, por estes dias em viagem de saudade a terras de Angola. Aqui, no Lobito, onde morou até 1975 |
A 8 de Novembro de 1974, hoje se fazem exactamente 43 anos, a Companhia de Caçadores 209 começou a abandonar a Fazenda Liberato, operação que termi-
nou no dia seguinte. Para Nova Lisboa.
A CCAÇ. 209 era formada por militares angolanos, com quadros, porém, maio-
ritariamente europeus. Tinha sido mobi-
lizada pelo RI21, de Nova Lisboa, e era comandada pelo capitão Victor - que ti-
vera promoções rápidas, de alferes a
O capitão José Paulo Fernandes comandou as forças da 3ª. CCAV. 8423 no Alto Lucunga, de onde saíram há precisamente 43 anos |
pular por ser, segundo lembrou o Zé Oliveira, vocalista de um famoso grupo musical da época. Era algarvio.
O Oliveira (o Marques, para nós, na escola de Águeda) não se lembra de quando, e porquê, mas o capitão Victor substituiu um outro capitão no comando da BCAÇ. 209 - o capitão Baracho, do QP. Outro oficial miliciano era o alferes Se-
reno, que o Oliveira diz ser de Águeda, mas de quem não temos mais pormenores.
O José Marques Oliveira era furriel vagomestre, em rendição individual, e foi meu companheiro de turma, na Escola Industrial e Comercial de Águeda, e ainda hoje meu amigo - por cá conhecido como Zé Marques, do Caramulo.
Liberato ficou na história mais épica dos Cavaleiros do Norte pois foi a compa-
nhia que, semanas antes, em finais de Setembro de 1974, se revoltou e avançou para o Quitexe - situação que este blogue já amplamente narrou.
Outro «liberato» desse tempo é o condutor José Luís Nogueira da Costa, natural de Tomar mas que em criança foi para Angola. Por coincidência, lá está neste momento, 42 anos depois do regresso - em férias e memória, matando as sau-
dades da Angola onde cresceu e se fez homem. Lá pelo Lobito, por Benguela e Catumbela... e outras terras do saudoso chão angolano.
Grande abraço, ó Nogueira! Vê lá se passas pelo Quitexe e pelo Liberato!
Grupo do furriel José Carvalho, o Cavaleiro do Norte ao meio e sentado, de bigode |
Cavaleiros de Santa Isabel
do Alto Lucunga e Quipedro
O dia 8 de Novembro de 1974 foi tam-
bém data da saída dos grupos de com-
bate da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, que, em serviço, estiveram no Alto Lucunga e Quipedro.
Para lá tinham ido, em «reforço ao BC
12», no primeiro caso sob comando directo do capitão miliciano José Paulo Fernandes, o comandante da Companhia. Há 2 anos, recordou-nos ter encontrado uma fazenda abandonada, com valas e trincheiras de defesa mas estranhamente sem ninguém. Próximo, apenas um posto da OPVDCA - que por esse tempo se desactivou.
«Esperávamos ataques, mas nada disso aconteceu. Avisaram-nos que iríamos ter problemas, mas felizmente não tivemos», recordou o comandante dos Cavaleiros do Norte, lembrando ainda que o alferes miliciano Carlos Silva foi o oficial que o acompanhou.
O pelotão com o furriel José Fernando Carvalho, também da 3ª. CAV. 8423, esteve em Quipedro, por lá bem perto, e nesse dia regressou a Santa Isabel.
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