CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

3 939 - O último dia do Liberato, o MPLA apoteótico em Luanda!

Cavaleiro do Norte da CCS, no Quitexe. Da esquerda para a direita, Gaiteiro,
Serra, 1º. cabo Malheiro, Aurélio (Barbeiro) e 1º. cabo Mendes (?, de óculos) e
 Miguel (condutor). Ao meio, o 1º. cabo Monteiro, o Gasolinas (de bigode),
o Cabrita (que amanhã faz 65 anos em Cascais) e o Calçada

Grupo da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do
Liberato, numa coluna para a vila do Quitexe


O dia 9 de Novembro de 1974 foi o último da presença militar portuguesa na Fazenda do Liberato, de lá saindo a CCAÇ. 209, do Regimento de Infantaria 21 (RI21) de Nova Lisboa, actual Huambo - aonde regressou.
A operação de saída desta subunidade (adida) do BCAV. 8423 começara na véspera, concretizando, de acordo com
Memorial da Fazenda do Liberato, evocando
os militares portugueses por lá mortos
o Livro da Unidade, «o abandono da autoridade militar portuguesa» de uma fazenda que «desde 1961/62, estava militarmente ocupada».
«Verifica-se, assim, a retracção do dispositivo militar, operado face ao cessar-fogo anunciado pelos três partidos emancipalistas de Angola, a FNLA, o MPLA e a UNITA», sublinha o mesmo Livro da Unidade, também referindo a rotação (em outras datas) das subunidades dos Cavaleiros do Norte - o BCAV. 8423 - que estavam aquarteladas nas Fazendas da mítica Zalala (a 1ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano Davide Castro Dias, que rodaria a 25 de Novembro para Vista Alegre e Ponte do Dange) e de Santa Isabel (a 3ª. CCAV. 8423, do capitão José Paulo Fernandes, que, em Dezembro, iria para o Quitexe).

MPLA em Luanda
como partido político

O dia, um sábado, foi tempo de um encontro entre uma delegação do MPLA e a Junta Governativa de Angola, liderada por Rosa Coutinho e naturalmente para analisarem o processo de descolonização.
Um grupo de dirigentes do movimento presidido por Agostinho chegara a Luanda na véspera e tivera «uma recepção apoteótica».
«Uma multidão de 50 000 pessoas aclamou ontem a delegação, chefiada por Lúcio Lara, e que vem estabelecer-se no território como partido político, de-
pois de combater durante 14 anos contra as forças portuguesas», reportava o Diário de Lisboa de 10 de Novembro de 1974, citando também que os dirigentes «mpla´s» vinham de Brazaville e Lusaka.
António Cabrita
no verão de 2017

Cabrita, da CCS, 65
anos em Cascais !

O «sô» Cabrita, garboso e popularíssimo Cavaleiro do Norte da CCS, no Quitexe, está amanhã, dia 10 de Novembro de 2017, de parabéns: festeja 65 anos!
António Santana Cabrita é natural e ao tempo residia em Por-
timão (na Travessa de S. João). Lá regressou a 8 de Setembro de 1975 e por lá continuou a sua arte de pescador marítimo. Ampliou a actividade e, já patrão e dono de barco de pesca, fixou-se em Cascais, de onde, desde há muitos anos, partiu para as companhas que foram (e são) a sua vida profissional de sempre. Agora, já menos activo mas sempre «a ir ao mar» e com a boa dis-
posição e a bonomia que lhe conhecemos no Quitexe e Carmona, na nossa jornada africana do Uíge angolano. Como em Santa Margarida e depois em Luanda. Para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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