CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 21 de agosto de 2018

4 235 - IN´s apresentaram-se em Vista Alegre, Tabi e Aldeia...

Os 1º.s cabos Joaquim Rama Breda, condutor  (que ama-
nhã festeja 66 anos em Leiria) e Victor Vieira, o Sacris-
tão, da Vidigueira e ambos da CCS
Raúl Corte-Real, capi-
tão e comandante da
CCAÇ. 4145


A Comissão Local de Contra-Subversão (a CLCS) do Quitexe reu-
niu-se a 21 de Agosto de 1974, tal como já  acontecera nos dias 1, 9 e 14, repetindo-se a 29 desse mês.
Os Cavaleiros do Norte continuavam a sua jornada pelo chão uíjano de Angola e, gradualmente, iam-se «estabelecendo largos contactos com grupos do IN», os quais, na área do aquartelamento de Vista Alegre (onde estava instalada a CCAÇ. 4145, também na Ponte do Dan-
ge), «prometem a sua apresentação face à actual linha política».
A CCAÇ. 4145, recordemos, era comandada pelo capitão Raúl Corte Real e ali estava desde 1 de Abril de 1973, rodando a 8 de Novembro de 1974 para o Comando do Sector de Luanda.
«Estive pouco tempo com o vosso Batalhão, até porque no último período de Vista Alegre integrámos uma grande operação no Quanza Norte - a Operação Turbilhão - e eu fiquei a comandar uma Zona de Intervenção (ZI), que era a única do Uíge», disse-nos o capitão Corte-Real, lembrando, também, que foi a 1ª. CCAV. 8423 a guarnecer Vista Alegre, comandada pelo capitão Castro Dias.
Os presidentes Holden Ro-
berto (da FNLA), Agosti- 
nho Neto (do MPLA) e
Jonas Savimbi (UNITA)
Outros guerrilheiros fizeram saber idêntica posição, afir-
mando, de acordo com o livro «História da Unidade», «o fim da sua actividade de guerrilha e a sequente apresenta-
ção às autoridades». Foi o caso de combatentes dos «quartéis» de Tabi e Aldeia - muito próximos do Quitexe.

Encontro da FNLA
com o MPLA !

Um ano depois, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 con-
tinuavam aquartelados no Campo Militar do Grafanil e ex-
pectantes sobre a data do regresso a Portugal.
Era quinta-feira e expectava-se também, e muito, sobre a cimeira marcada para esse dia 21 de Agosto de 1975, entre o MPLA e a realizar-se «provavelmente em Luanda ou no Lobito».
A notícia do Diário de Lisboa era dada com reservas, «dada a falta de ligações telefónicas que desde há tempos se verificam em Angola». Nem sequer, adiantava o vespertino da capital portuguesa, «é possível saber pormenores da reunião com a UNITA, que ontem se realizou em Silva Porto».
O 1º. cabo condutor
Joaquim Rama Breda

Breda, 1º. cabo condutor,
66 anos na Barosa de Leiria!

O 1º. cabo condutor Joaquim Rama Breda, da CCS do BCAV. 8423, festeja 66 anos a 22 de Agosto de 2018.
Cavaleiro do Norte do Quitexe foi louvado pelo comandante Almeida e Brito, por proposta do capitão José Paulo Falcão, oficial adjunto e do comando, porque «sempre demonstrou inexcedível dedicação pelo serviço, aliada ao maior zelo e esforço no cumprimento do seu dever».
O louvor ao 1º. cabo JR Breda sublinha que «muito colabo-
rou para a operacionalidade das viaturas que teve distribuí-
das, creditando-se como militar de elevado sentido de responsabilidade».
«Militar educado e disciplinado, tornou-se um bom colaborador dos seus su-
periores e merecedor do presente louvor, que levam a manifestar-se público apreço», conclui o documento, publicado na Ordem de Serviço nº. 169.
Natural do lugar da Barosa, em Leiria, lá voltou a 8 de Setembro de 1975 e por lá fazendo vida profissional como condutor, agora já aposentado. Para lá vai o nosso abraço de parabéns! 

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