O capitão Tojal de Meneses, comandante da CCAÇ. 5015, e o furriel miliciano Américo Rodrigues, da 1ª. CCAV. 8423, a 12 de Maio de 2012 |
O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se ao Songo no dia 5 de Fe-
vereiro de 1975, há 44 anos!..., para mais uma reunião de comandantes das unidades que operavam no Comando Sector do Uíge (CSU) angolano.
O objectivo era a usual análise da situa-
ção militar e política, numa altura imediatamente seguinte ao Acordo do Alvor e quando cada vez mais se expectava a rotação do BCAV. 8423 para a cidade de Carmona, onde iria ser extinto o BC12 - que viria a ocupar.
A reunião de comandantes viria a ser a última e decorreu no aquartelamento da CCAÇ. 5015, comandada pelo capitão Tojal de Meneses, que agora é professor doutor e investigador do Centro de Estudos de Língua, Comunicação e Cultura do Instituto Superior da Maia (ISMAI)
A CCAÇ. 5015 já tinha estado em Chimango e no Lucunga, ao tempo no Songo, antes de, no regresso a Luanda, ter passado alguns (poucos) dias por Carmona - onde se aquartelou com os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, no BCAV. 8423. Regressou a Portugal no dia 13 de Maio de 1975.
A 12 de Maio de 2012, por uma coincidência do destino, o capitão Tojal de Meneses encontrou-se ocasionalmente com o furriel miliciano Américo Rodrigues, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala - descobrindo, então, que tinham sido contemporâneos no norte de Angola, por terras do Uíge.
A delegação do BCAV. 8423, para além do comandante Carlos Almeida e Brito, incluiu «um delegado do MFA, já que ali havia também uma reunião deste movimento». A memória já perdeu a identidade deste delegado do MFA.
Capitão Ramiro José Amaro Azevedo Pinheiro |
Incidentes de Luanda com
morte de oficiais portugueses
O dia 5 de Fevereiro de 1975, uma quarta-feira de há preci-
samente 44 anos, foi tempo de ao Quitexe chegarem notícias dos incidentes que dois dias antes tinham ocorrido em Luanda e que, entre outras, resultaram nas mortes do capitão miliciano Ramiro José Amaro de Azevedo Pinheiro e o alferes José Domingues dos Santos, também miliciano - ambos oficiais das Forças Armadas Portuguesas.
Álvaro Lopes, sargento da FNLA, também faleceu - para além dos civis Joaquim Dulo, Afonso Figueiredo, Kianguili Kalena e José Alfredo Silva. Em estado grave e também do Exército Português, ficou o capitão miliciano Manuel Guilherme Carvalho de Figueiredo.
Os incidentes ocorreram na área do mercado do Bairro de S. Paulo, parte alta da capital angolana. e, pelo menos, tiveram mais 10 feridos graves, todos internados no Hospital de S. Paulo da cidade de Luanda.
Os furriéis milicianos Viegas e Mosteias no varandim da Casa dos furriéis do Quitexe, em 1975/1975 |
Mosteias, furriel da CCS,
faleceu há 6 anos !
O furriel miliciano Luís Mosteias, da CCS do BCAV. 8423, faleceu a 5 de Fevereiro de 2013, vítima de doença. já lá vão 6 anos!
Luís João Ramalho foi Cavaleiro do Norte com a es-
pecialidade de sapador e um inesquecível compa-
nheiro da jornada africana que nos levou às nortenhas terras do Uíge angolano. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à Amadora, onde, já casado e pai, se fixou familiar e profissionalmente.
Originário de Cabeção, em Mora, morava em Vila Nova de Santo André e faleceu no Hospital do Litoral Alentejano, não resistindo a doença que, galopante, o levou desta vida e em todos os Cavaleiros do Norte deixando eternas saudades.
Hoje e aqui o recordamos com saudade. RIP!
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