Uma das paragens da coluna do BCAV. 8423 que, 4 de Agosto de 1975, rodou do BC12, em Carmona, para o BIA, no Campo Militar do Grafanil, em Luanda |
O dia 4 de Agosto de 1975 foi o último da presença militar portuguesa em terras do Uíge, quando rodou de Carmona para Luanda.
O blogue Cavaleiros do Norte já, em anos anteriores e por esta altura, deu conta de várias peripécias desse dia muito particular e hoje, ipsis verbis , dá conta do que conta o livro «História da Unidade»: «A saída estava prevista a partida para as 5 horas da manhã, pode dizer-se quer a partir das zero horas tudo se pôs a postos para que o horário fosse cumprido. E foi. Efectivamente, a essa hora toda a máquina se moveu, mas a incompreensão dos civis gerou o primeiro problema com a FNLA que, bloqueando-os na cidade, não os quis deixar sair».
«Assim - acrescenta o HdU - a partir das 5,15 horas resolveu-se o primeiro incidente e esta resolução iria dar azo ao segundo e mais grave incidente, pois que todos fugiram para o Negage, onde finalmente foram impedidos de partir, situação que iria atrasar em cerca de 8 horas a marcha da coluna».
Continua o livro «História da Unidade», relativamente a 4 de Agosto de 1975:
«Finalmente posta a coluna em marcha, passou o controlo da FNLA do Candombe, com 210 viaturas e em cerca de meia hora de escoamento.
Pouco após, cerca das 7,15 horas, um acidente, devido ao cerrado nevoeiro fez com que fosse abandonadas duas viaturas médias e fosse rebocada, e abandonada no Negage, uma viatura pesada.
O quartel do BC12, onde estiveram os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, de 2 de Março a 4 de Agosto de 1975. Há 44 anos! |
Assim não sucedeu, procurou-se uma última solução e, efectivamente, após uma reunião com Daniel Chipenda, às 16 horas, obteve-se a permissão para o trânsito da quase totalidade dos civis.
Foi o renascer da esperança para essa gente, foi o acreditar na missão das NT. Efectivamente, não fora a tal determinação e todos ficariam. Assim, só uma pequena parte de camionistas não conseguiu resolver o seu problema.
Reorganizada a coluna, agora com cerca de 700 viaturas, retomou a marcha às 18 horas para, às 19, atravessar o controlo de Camabatela e incorporar mais uns quantos civis. Cerca das 20,30 horas, à entrada de Samba Caju, parou-se a coluna para pernoitar».
A narrativa deste dia 4 de Agosto de 1975 foi (é) assinada pelo comandante Carlos Almeida e Brito, o comandante dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
A histórica coluna integrou a 2ª. CCAV. e a 3ª. CCAV. 8423, com reforço de uma Companhia de Comandos e outra de Pára-Quedistas.
José A. Monteiro furriel da CCS |
Monteiro, furriel da CCS,
67 anos em Paredes !
O furriel miliciano José Augusto Guedes Monteiro, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 4 de Agosto de 2019.
Especialista de Operações Especiais, os Rangers, trabalhou na secretaria da Companhia comandada pelo capitão António Oli-
veira, e regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, fixando-se no lugar de Estrela, freguesia de Fornos, no município de Marco de Canaveses, de onde é natural. Agora aposentado dos Transportes Colectivos do Porto e morador em Paredes (do Porto), festeja o dia por terras de Penama-
cor - de onde era, de Pedrogão de S. Pedro, o saudoso 1º. cabo Joaquim Figueiredo de Almeida e onde hoje se encontra com a família mais próxima. Com ele falamos esta manhã.
Parabéns!
José M. Cordeiro 1º. cabo da CCS |
Cordeiro, 1º. cabo da CCS,
67 anos em Porto de Mós!
O 1º. cabo Cordeiro, atirador de Cavalaria do PELREC da CCS do BCAVB. 8423, festejas 67 anos a 4 de Agosto de 2019.
José Manuel de Jesus Cordeiro, é este o seu nome completo, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e à sua terra da Portela do Vale de Espinho, freguesia de Arrimala, em Porto de Mós. Trabalhou nas áreas da madeira e das explorações mineiras, e vive actualmente no lugar de Bezerra, no mesmo município de Porto de Mós.
Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
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