CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 13 de fevereiro de 2021

5 337 - BCAV. 8423 pretendido, há 46 anos, pela Região Militar de Angola e pela ZMN!

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, da mítica Fazenda de Zalala, mas aqui já
em Vista Alegre, em tempo do Natal de 1974. Da esquerda para a direita, o 1º. cabo
Hélio Cunha, Fernando Coelho (falecido a 7/10/2000), José Almeida (de pé), José
Aires, 1º. cabo Ângelo Lourenço, Carlos Costa (f. a 24/04/2015), António Lago e

furriel João Dias - que hoje festeja 69 anos em Tomar!
 

A ZMN/CSU, agora Tribunal Militar do Uíge, na cidade de
Carmona, a 24/09(2o19, quando por lá passou o furriel Viegas

A quinta-feira de 13 de Fevereiro de 1975, há 46 anos, foi tempo de extinção do Comando do Sector do Uíge (CSU), instalado em Carmona, pelo que o Batalhão de Cavalaria 84233 «passou nessa data à dependência directa da ZMN» - a Zona Militar Norte, também instalada nessa cidade, a capital do Uíge e com este nome adoptado após a independência de Angola.
Os Cavaleiros do Norte continuavam expectantes sobre o seu futuro próximo, com o (seu) BCAV. 8423 «pretendido pela Região Militar de Angola e pela ZMN». Na espera e o mais serenamente que lhes era possível, continuavam aquartelados no Quitexe (a CCS e a 3ª. CCAV., vinda da Fazenda Santa Isabel), em Aldeia Viçosa (2ª. CCAV.) e Vista Alegre, com um Destacamento na Ponte do Dange (a 1ª. CCAV., que tinha rodado de Zalala).
Os movimentos independentistas, agora na sua fase de formação como partidos (na verdadeira acepção), continuavam a sua actividade de politização dos povos, procurando atraí-los para as suas ideias. Agostinho Neto, em Luanda, afirmava o seu MPLA como «vencedor, depois de uma luta heróica de 14 anos». E, por isso, acrescentou, «não vamos consentir que o povo seja de novo oprimido». Disse também que o MPLA estava «a trabalhar no sentido da reintegração dos elementos que compõem a chamada Revolta Activa» - Gentil Viana e os irmãos Joaquim e Mário Pinto de Andrade -, mas, segundo o Diário de Lisboa, «atacou frontalmente e presença no país do Grupo Chipenda», já que, «dispondo de uma força armada pode ser um a fonte de conflitos armados».
O presidente Agostinho Neto falava na sua primeira conferência de imprensa, depois da sua chegada a Luanda, e frisou que «o povo angolano, depois de 14 anos de luta, não vai consentir mais nenhuma opressão».
«Para nós, com o povo no poder é que pode haver democracia. Se assim não for, será como no tempo do colonialismo», sublinhou o futuro Presidente de Angola, acrescentando que «só com o povo no poder é que pode haver democracia».
O 1º. cabo Dorindo e
o furriel João Dias
João Dias
em 2021


Dias, furriel TRMS, 1º. cabo
Dorindo e soldado Canelas
de Zalala festejam 69 anos!

O sábado de hoje, dia 13 de Fevereiro deste pandémico ano de 2021, é dia de anos (69!!!...) de três Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: o furriel miliciano João Dias, o 1º. cabo Dorindo Santos e o soldado Orlando Canelas. 
O dia, há 46 anos, nem «deu» para que reparassem na coincidência, mas não deixarama de o assinalar. Pudera..., eram então os fresquíssimos 23 anos que festejavam!
João Custódio Dias era especialista de Transmissões e, como Dorindo e Canelas,  regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, à sua natal terra de Penas Ruivas, freguesia de Seiça, no concelho de (Vila Nova de) Ourém. 
Os 23 anos passou em Luanda, em serviço, e seu trajecto profissional passou pela inspeção da Polícia Judiciária e, já aposentado, continua a morar em Tomar e habitual e precioso colaborador desta página de saudades do BCAV. 8423. 
O 1º. cabo Dorindo dos Santos era mecânico-auto dos «zalalas» e, concluída a sua jornada africana do Uíge angolano, voltou ao Soalhal, em Ílhavo, onde 
O furriel Dias e o
soldado Canelas
constituiu família e profissionalmente trabalhou nas famosas e presigiadas Porcelanas da Vista Alegre. 
Agora já reformado, continua a viver em Ílhavo, onde há poucos anos foi «achado» pelo furriel miliciano (TRMS) e com ele fotografado (imagem em cima).
O soldado Orlando Canelas Martins, por lá popularizado como o Cabide (vá lá saber-se porquê!), foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e integrou o 4º. grupo de combate - o do alferes milicianos José Lains dos Santos.
Ao tempo de 1975, regressou a Olivais Norte, em Lisboa (onde residia), e, profissionalmente trabalhou como operador de máquinas de terraplanagem. Vive agora não muito longe, em Santa Maria de Azóia, no concelho de Loures.
Parabéns para os três: Parabéns, parabéns, parabéns!!!

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