A cidade capital de Angola, de acordo com o Diário de Lisboa de 7 de Dezembro de 1974 e que agora citamos, «de há 3 dias a estar parte que se viu assaltada por um certo clima de violência, após um longo período de calma» mas depois de «greves sucessivas», num ambiente de «elevado carácter reivindicativo, nomeadamente no respeitante a salários».
Outras questões a «justificar» esses incidentes e o «ressurgimento de reacções descontroladas» na capital angolana tinham a ver com a (então ainda muito recente) instalação das delegações do Movimento Popular de Libertação de Angola (o MPLA do presidente Agostinho Neto) e da Frente Nacional de Libertação de Angola (a FNLA de Holden Roberto) e também «a exigência de saneamentos na administração colonial».
Os incidentes decorreram principalmente no Bairro Rangel e na Avenida do Brasil, motivando a necessária intervenção das Forças Armadas Portuguesas que, reportava o DL de há precisamente 47 anos, «neste momento controlam a situação». Foi isto há exactamente 47 anos.
O restabelecimento da ordem, de resto, e ainda segundo o vespertino de Lisboa, «pertenceu exclusivamente às autoridades portuguesas, não se tendo verificado qualquer intervenção do MPLA ou da FNLA».
A Fazenda Santa Isabel, quartel da 3ª. CCAV. 8423 |
Cavaleiros de Santa Isabel
no quase... adeus!
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, por essa altura, viviam um período tranquilo, mantendo, segundo o livro «História da Unidade», «a actividade desenvolvida do antecedente».
A excepção era a 3ª. CAV: 8423, a da Fazenda Santa Isabel, fazenda onde, de acordo com o mesmo «História da Unidade», se «iniciaram os preparativos para o seu movimento para o Quitexe, a realizar no início de Dezembro». Tal como viria a acontecer.
A 3ª. CCAV. 8423, recordemos, foi comandada pelo capitão miliciano José Paulo de Oliveira Fernandes, com o adjunto alferes miliciano Augusto Rodrigues, das Operações Especiais (Rangers). Outros oficiais eram os também alferes milicianos Carlos Silva, Pedrosa da Oliveira e Mário Simões - todos atiradores de Cavalaria.
O 1º. sargento era Francisco António Gouveia Marchã, com os furriéis milicianos Armindo Reino (Rangers), os atiradores de Cavalaria Delmiro Ribeiro, António Flora, António Fernandes, Alcides Ricardo, José Fernando Carvalho e Graciano Silva, António Luís Gordo, Grenha Lopes, José Querido e Luís Capitão (falecido a 05/01/2010, de doença e em Ourém) e José Lino (mecânico), Victor Guedes (de armamento pesado, falecido a 16/04/1998, de doença e em Lisboa), João Cardoso (TRMS), Agostinho Belo (vagomestre) e Ângelo Rabiço (enfermeiro).
Todos eles, gente do alto!
Victor Vicente |
Vicente, da 2ª. CCAV., faria 71 anos!
Faleceu a 4 deFevereiro de 2021!
O 1º. cabo Victor Manuel Nunes Vicente, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faria hoje 71 anos. Faleceu ao fim da tarde de 4 de Fevereiro de 2021, vítima da COVID 19 e quando estava internado nos cuidados paliativos da Clínica João de Deus, em Lisboa.
Apontador de morteiros de especialidade militar, também passou por Carmona e era natural de Xabregas, na capital portuguesa, e mais recentemente morava na Rua Gil Vicente.
Sofria de Parkinson, distúrbio neurológico do movimento que é crescente e degenerativo e doença que, já nos seus últimos tempos de vida, foi infelizmente agravada com uma paralisia Locrion progressiva, com paralização gradual do sistema muscular.
Perdeu 40 quilos de peso e faleceu por volta sensivelmente das 18 horas de 4 de Fevereiro de 2021, não pelas doenças de que há muito padecia mas com o COVID-19, com que foi contagiado na clínica onde estava internado.
A trágica notícia familiar foi agravada pela trágica coincidência de, no mesmo dia mas ao princípio da manhã, ter falecido o seu irmão mais velho, de nome Aladim Alves, aos 85 anos e vítima de cancro na próstata.
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!
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