A Estrada do Café na vila do Quitexe. Há 47 anos, foi requalificada até à Ponte do Dange, passando por Aldeia Viçosa e Vista Alegre |
Os dias dos meados de Novembro de 1974, há exactamente 47 anos, iam correndo tranquilamente pelas terras do Uige angolano, «saboreando-se» o cessar-fogo oficial.
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, todavia, não paravam e, para além dos serviços de rotina (à ordem), por exemplo apoiavam a Junta Autónoma de Estradas de Angola (JAEA) nas obras de requalificação da rede estradal do Uíge.
«A JAEA manteve os trabalhos na estrada entre Aldeia Viçosa e Ponte do Dange, os quais concluiu, e continuou o arranjo da do Quitexe para Camabatela», relata o livro «História da Unidade», de que nos socorremos.
O troço entre Aldeia Viçosa e Ponte do Dange, no limite com a província dos Dembos, era asfaltado e correspondia a parte da chamada Estrada do Café, que liga Luanda a Carmona - a actual cidade do Uíge, capital da província do mesmo nome. A escolta a esta área era assegurada por Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, onde se aquartelava a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão milicia-
no José Manuel Cruz, e, até 19 de Novembro, também, por homens da CCAÇ. 4145, a Companhia de Vista Alegre, comandada pelo capitão Raul Corte Real - lá substituída, a 21 do mesmo mês de há 44 anos, pela 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão miliciano Davide Castro Dias.
A via para Camabatela era em terra batida e boa parte em condições a que por lá vulgarmente se chamavam picadas.
A independência, no dia 2,
combates em 3 frentes !
Um ano depois e com Angola no seu segundo dia de independência, «o povo, depois de ter vivido grandes momentos de entusiasmo e exaltação patriótica», retomou o trabalho «sob o lema produzir é resistir».
Continuavam os combates, com as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), o braço armado do MPLA, a enfrentar a FLEC (em Cabinda) e a UNITA e as suas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) em Balabaia, perto de Novo Redondo. Combatia-se em Balabaia mas as FAPLA «tinham reforçado toda a frente», para, reportava o Diário de Lisboa de 12 de Novembro de 1975, que citamos, «se oporem ao avanço das forças mercenárias».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já estavam em Portugal, desde 8 de Setembro. e naturalmente curiosos sobre o que se passava na zona do Uíge, que foi o chão da sua jornada africana de Angola.
A FNLA e o seu Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA) faziam frente às FAPLA, procurando evitar a sua progressão para norte. Mas, reportava o Diário de Lisboa de há 43 anos (uma segunda-feira de 1975), as tropas do MPLA já tinham «tomado Piri, Úcua e Quibaxe».
No plano político, o mesmo MPLA admitia como possível anunciar, no dia seguinte e a partir da capital Luanda, a constituição do Governo de Angola.
Gomes, furriel de A. Viçosa,
69 anos na Vila do Prado !
O furriel miliciano José da Silva Gomes, da 2ª. CCAV. 8423, festeja 69 anos a 13 de Novembro de 2021. O dia de amanhã!
Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa, este atirador de Cavalaria de especialização regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua e nossa jornada africana por terras do Uíge angolano. Regressou ao lugar de Assento, da freguesia de Panóias, no concelho de Braga. A vida levou-o para o Faial, lugar da freguesia de Vila Nova do Prado, do município de Vila Verde - onde agora tem família e residência.
Assinalamos a sua data natalícia e já bem sexYgenária - já lá vão 66 anos!... -, para lá e para enviando um abraço de parabéns!
no José Manuel Cruz, e, até 19 de Novembro, também, por homens da CCAÇ. 4145, a Companhia de Vista Alegre, comandada pelo capitão Raul Corte Real - lá substituída, a 21 do mesmo mês de há 44 anos, pela 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala e do capitão miliciano Davide Castro Dias.
A via para Camabatela era em terra batida e boa parte em condições a que por lá vulgarmente se chamavam picadas.
O Diário de Lisboa de 12 de No- vembro de 1975 com notícias da Angola independente |
A independência, no dia 2,
combates em 3 frentes !
Um ano depois e com Angola no seu segundo dia de independência, «o povo, depois de ter vivido grandes momentos de entusiasmo e exaltação patriótica», retomou o trabalho «sob o lema produzir é resistir».
Continuavam os combates, com as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), o braço armado do MPLA, a enfrentar a FLEC (em Cabinda) e a UNITA e as suas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) em Balabaia, perto de Novo Redondo. Combatia-se em Balabaia mas as FAPLA «tinham reforçado toda a frente», para, reportava o Diário de Lisboa de 12 de Novembro de 1975, que citamos, «se oporem ao avanço das forças mercenárias».
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 já estavam em Portugal, desde 8 de Setembro. e naturalmente curiosos sobre o que se passava na zona do Uíge, que foi o chão da sua jornada africana de Angola.
A FNLA e o seu Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA) faziam frente às FAPLA, procurando evitar a sua progressão para norte. Mas, reportava o Diário de Lisboa de há 43 anos (uma segunda-feira de 1975), as tropas do MPLA já tinham «tomado Piri, Úcua e Quibaxe».
No plano político, o mesmo MPLA admitia como possível anunciar, no dia seguinte e a partir da capital Luanda, a constituição do Governo de Angola.
José S. Gomes, em foto de 2018 |
Gomes, furriel de A. Viçosa,
69 anos na Vila do Prado !
O furriel miliciano José da Silva Gomes, da 2ª. CCAV. 8423, festeja 69 anos a 13 de Novembro de 2021. O dia de amanhã!
Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa, este atirador de Cavalaria de especialização regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua e nossa jornada africana por terras do Uíge angolano. Regressou ao lugar de Assento, da freguesia de Panóias, no concelho de Braga. A vida levou-o para o Faial, lugar da freguesia de Vila Nova do Prado, do município de Vila Verde - onde agora tem família e residência.
Assinalamos a sua data natalícia e já bem sexYgenária - já lá vão 66 anos!... -, para lá e para enviando um abraço de parabéns!
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