As labaredas eram bem visíveis. Temeu-se o rebentamento do material de guerra, o que poderia ser uma... tragédia |
A noite quitexana de há 47 anos - dia 17 de Janeiro de 1975 -poderia ter sido trágica, por causa de um incêndio que deflagrou no edifício residencial dos oficiais milicianos e a arrecadação de material de guerra do BCAV. 8423
Temeu-se o pior!
O edifício fica(va) à face da Estrada do Café (a que ainda hoje liga as cidades de Luanda a
Temeu-se o pior!
O edifício fica(va) à face da Estrada do Café (a que ainda hoje liga as cidades de Luanda a
Os 3 bombeiros que acorreram ao incêndio da arrecadação de material de guerra do Quitexe |
O edifício tinha muito material de guerra em depósito e susceptível de estourar e provocar sabe-se lá o quê: destruição do edifício e limítrofes, porventura mortes! Muitas mortes!
Milhares de munições ligeiras (principalmente de G3) rebentaram, ainda assim - parece que ainda estamos a ouvir o seus estridentes silvos e os calafrios que provocaram -, mas felizmente sem provocarem qualquer dano humano.
«Houve avultados prejuízos materiais», reporta o livro «História da Unidade», do BCAV. 8423, dando conta da situação e sublinhando também que «não foi possível evitar a destruição total do imóvel, por falta de meios adequados para apagar o incêndio, inclusive água própria».
A memória, recuando estes 47 anos, reporta-nos a chegada do carro dos Bombeiros, uma pequena viatura com três homens (um deles, pelo menos, até de gravata...) e uma pequena bomba manual, que não dava para nada e suscitou, até, fartas risadas entre a guarnição. De pouco valeu, aliás, no combate às chamas - já controladas pela imediata intervenção dos militares.
O que mais se temeu foi o rebentamento do material de guerra (pesado) lá de-
positado, que era muito e naturalmente perigoso e que, obviamente, poderia provocar uma tragédia. Felizmente, foi retirado em tempo - por obra de militares, os que lá estavam e outros voluntários, cujo nome, lamentavelmente não sabemos mas aqui gostaríamos de sublinhar.
Cimeira com acordo
entre as 4 partes
A Cimeira do Alvor terminara, assinada entre as 4 partes envolvidas: Portugal, MPLA, FNLA e UNITA. E, há 47 anos, com mais pormenores a chegar ao Quitexe, através da imprensa escrita.
entre as 4 partes
A Cimeira do Alvor terminara, assinada entre as 4 partes envolvidas: Portugal, MPLA, FNLA e UNITA. E, há 47 anos, com mais pormenores a chegar ao Quitexe, através da imprensa escrita.
O «Diário de Luanda» publicou uma edição especial e o «A Província de Angola», na pena do jornalista Luís Rodrigues, interrogava-se sobre «o que dizer aos portugueses brancos residentes em Angola».
Perguntava e respondia: «Pois bem, que olhem para as qualidades intrínsecas de bondade, de gentileza natural, de compreensão pela vida familiar dos seus irmãos africanos». Quisesse dizer o que quisesse o «A Província de Angola» e o jornalista.
Agostinho Neto, depois da Cimeira do Alvor, viajou para o Porto num avião da Força Aérea Portuguesa, acompanhado de Paulo Jorge (dirigente do MPLA), para lá se encontrar com estudantes angolanos. E fez o mesmo em Coimbra.
Jonas Savimbi, da UNITA, comentava o acordo, com satisfação, sublinhando que reflectia «o espírito de fraternidade que presidiu aos trabalhos e a defesa dos interesses do nosso povo».
Ferreira, 1º. cabo de Santa Isabel,
Jonas Savimbi, da UNITA, comentava o acordo, com satisfação, sublinhando que reflectia «o espírito de fraternidade que presidiu aos trabalhos e a defesa dos interesses do nosso povo».
Fazenda Santa Isabel |
Ferreira, 1º. cabo de Santa Isabel,
festeja 70 anos em Guimarães !
O 1º. cabo José Agostinho da Silva Ferreira, apontador de morteiros da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 17 de Janeiro de 2022.
O 1º. cabo José Agostinho da Silva Ferreira, apontador de morteiros da 3ª. CCAV. 8423, festeja 70 anos a 17 de Janeiro de 2022.
Ao tempo da nossa jornada africana nas saudosas terras do Uíge angolano, festejou 23 e já na vila do Quitexe, depois de rodar da Fazenda de Santa Isabel - o seu destino inicial. Ainda passou por Carmona, antes de regressar a Portugal, o que aconteceu no dia 11 de Setembro de 1975.
Regressou ao lugar de Vila Chã, na freguesia de Santo Estevão de Briteiros, em Guimarães. Lá continua a viver e para lá vai o nosso abraço de parabéns!
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