Combatentes e militantes da FNLA e do MPLA em Vista Alegre, ainda no tempo do aquartelamento local da 1ª. CCAV. 8423 dos Cavaleiros do Norte
O Governo Provisório de Angola, há 49 anos, «refuta(ou) energicamente as acusações feitas em Kinshasa (...) sobre o caso dos 2000 refugiados catangueses que desde 1963 se encontram em Angola e recusaram regressar ao Zaire, apesar da amnistia concedida pelo presidente Mobutu».
Os ditos refugiados estavam maioritariamente «instalados no distrito da Lunda, constituíram família, vivendo ordeiramente», segundo relatava o «Diário de Lisboa», citando um comunicado do Governo Provisório, acrescentando que «foi livremente que tomaram a decisão de não voltar ao Zaire e preferindo continuar a trabalhar em Angola».
Estes acontecimentos chegavam ao Uíge - ao Quitexe, a Aldeia Viçosa, a Vista Alegre e a Ponte do Dange? Não chegavam oficialmente e deles (e de outros) apenas tínhamos conhecimento através da imprensa, em particular pelo jornal «A Província de Angola», diário que se publicava em Luanda - o actual «Jornal de Angola» -, que regularmente chegava ao Quitexe.
movimentos de libertação!
Os movimentos de libertação, com mais ou menos facilidade, continuavam, entretanto, a sua instalação no território, nalguns casos ocupando antigas instalações militares dos portugueses, noutros criando delegações políticas - que acabavam por ser mini-aquartelamentos, bem o sabíamos.
«Abandonados que foram alguns locais, começou a verificar-se uma aproximação dos movimentos, nomeadamente aos povos já há tempo fixados, na sua maioria com incidência da FNLA, mas também, em alguns casos, do MPLA», lê-se no Livro da Unidade.
«Adivinha-se uma reserva latente entre os dois movimentos, já que na área predomina a FNLA. No entanto, não se tem verificado actos que possam preocupar as suas actividades», sublinha(va) o LU, acrescentando que tais actividades «começaram também a entrar junto das populações europeias, que continuam pensando com reservas sobre o seu futuro, mas aceitando de bom grado, pelo menos aparente, a presença efectiva daqueles movimentos». Da UNITA, nem se falava.
Gabriel, 1º. cabo sapador
da CCS, festeja 71 anos
na Covilhã!
Sapador de especialidade militar, integrou o pelotão do alferes miliciano Jaime Ribeiro e serviu também no balcão do bar/cantina dos praças, na avenida do Quitexe - onde se popularizou. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 - à sua terra natal de Cortes do Meio, em plena Serra da Estrela e no município da Covilhã.
Já tinha estado (antes da tropa) e continuou muitos anos emigrado em França e, agora já aposentado, voltou aos bons ares natais, tendo, em 2021, «estreado» a sua participação no encontro da CCS de Braga. Já em 2022 foi, com Francisco Madaleno, dos organizadores do encontro da Covilhã.
Os nossos parabéns, embrulhados num grande abraço!
Sem comentários:
Enviar um comentário