A 7 de Agosto de 1975, há 50 anos, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, mal instalados e menos bem alimentados, refaziam forças no Batalhão de Intendência de Angola (BIA), depois da epopeica coluna terrestre que os levou de Carmona ao Campo Militar do Grafanil.
Coluna que, liderada pelo tenente-coronel Almeida e Brito, recordemos, envolveu entre 700 e 800 viaturas (o número variou ao longo do percurso) e percorreu 570 quilómetros, durante 58,45 horas e várias paragens e ameaças - ora de forças das FAPLA´s do MPLA de Agostinho Neto, ora do ELNA da FNLA de Holden Roberto.
A imprensa de Lisboa tinha notociado que «a coluna compreendia cerca de 1500 veículos, muitos dos quais de carga, com mobílias, electrodomésticos e outros bens, pertencentes aos europeus residentes naquelas zonas e que, pelos vistos, tencionam abandonar o país, em virtude do que ali está a acontecer e da retirada tropa portuguesa».
Falava-se, por esse tempo, dos graves combates pela ocupação de Lucala, que era ponto rodoviário estratégico das ligações de Luanda com Malanje e Carmona. A ligação mais próxima de Carmona a Luanda era a Estrada do Café que, recorde-se, não estava «livre», devido aos combates do Caxito. O que levou ao desvio da coluna pelo Negage, Vila Flor, Lucala e Salazar (actual N´dalantando), Samba Caju e Dondo, por Catete, que por estes dias últimos por aqui relatámos.
O ELNA, exército da FNLA, teria sido «expulso de Lucala e debandava em direçção a Samba Caju». Localidades por onde, pouquíssimo tempo antes, no dia 4, tinha passado a histórica coluna dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
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