CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 5 de agosto de 2025

- Ha 50 anos: A epopeica coluna de Carmona para Luanda com cerca de 700 viaturas !

A coluna dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, de Carmona para Luanda, 
via Negage, Salazar (actual N´Dalatando) e Dondo, há precisamente 46 anos!

Um helicóptero da Força Aérea foi alvejado durante a coluna
de Carmona para Luanda. Há 50 anos (e não 42)


A coluna dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, de Carmona para a capital Luanda, «agora com cerca de 700 viaturas», retomou a marcha pelas 19 horas de 4 de Agosto de 1975 e, uma hora depois, atravessou o controlo de Camabatela, onde se incorporaram «mais uns quantos civis».
Há 50 anos!
No mesmo dia e ás 20,30 horas, chegou a Samba Caju, onde pernoitou.
O livro «História da Unidade» refere, sobre esta coluna, que «a guerra psicológica travada no Negage fora esgotante para os nervos», mas, também sublinha(va), «estavam vencidas as primeiras grandes dificuldades»
.
A marcha foi retomada às 5 horas da
manhã, depois de uma noite mal dormida, e 2,30 horas depois «atingiu-se o controlo de Samba Caju, onde surgiram novas dificuldades, novamente torneadas». Mas que, de qualquer modo, pararam a coluna por uma longa hora.
A imagem de cima mostra o furriel António Artur Guedes e soldado Santos (da 2ª. CCAV.), o 1º. cabo Manuel Deus (da 3ª. CCAV.), o 1º. cabo Mendes (da 2ª. CCAV.) e outro militar de Santa Isabel. Alguém se lembra do nome?
A coluna do BCAV. 84 23 a caminho de Luanda

Helicóptero alvejado e
viaturas abandonadas


Vila Flor atingiu-se às 11,30 horas desse mesmo dia e «mais viaturas se juntaram à coluna».
Daí para a frente, e em vários quilómetros (quantos?), era terra de ninguém. Nem da FNLA, de cujo feudo ia a coluna dos Cavaleiros do Norte, nem do MPLA - em cujo território ia entrar. Por volta das 13 horas fez-se «nova paragem para juntar todas as viaturas e refazer a coluna».
«Ia-se entrar na terra do MPLA e havia que reconhecer itinerário. Para tal, recorreu-se aos helicópteros estacionados em Salazar e que estavam à nossa espera», reporta o «Livro da Unidade».
Um deles foi alvejado durante o reconhecimento aéreo e, por volta das 13,30 horas, «contactou-se o MPLA, via terrestre», logo se retomando a marcha e meia hora depois chegado a Lucala - onde se abandonou mais uma viatura.
Salazar, actual cidade de N´dalatado, era logo a seguir, lá se chegou às 16 horas, e demorou-se 4 horas a atravessar a cidade. Nomeadamente, porque tiveram de ser reparadas várias viaturas, uma delas lá ficando abandonada.
A marcha foi retomada, agora «incorporando uma Companhia de Paraquedistas que se encontrava de reserva no Comando Territorial de Salazar». Passou-se ao Dondo (às 23 horas) e por volta da uma hora da madrugada de 6 de Agosto de 1975, fez-se «nova interrupção de marcha» - retomada às 7 horas e a 174 quilómetros de Luanda.

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