Entrada do Quitexe, do lado de Carmona (actual Uíge)
O comandante Almeida e Brito considerou o desarmamento das milícias como um dos três «acontecimentos da mais elevada importância» do mês de Outubro de 1974, na área de intervenção dos Cavaleiros do Norte. «Não teve boa aceitação dos povos, nomeadamente nos postos sede (Quitexe) e Aldeia Viçosa», refere o Livro da Unidade, afirmando mesmo «saber-se que os apresentados e o FNLA vivem em contacto permanente, quase geral, há largos anos».
«Sabe-se até -e continuamos a citar o Livro da Unidade - que poucas vezes, e salvo honrosas excepções, as milícias não tiveram actuações de vulto, em defesa dos seus aldeamentos». E era essa, recordemos, a sua missão primeira.
O desarmamento começou a 21 de Outubro, mas argumentaram os povos que «esses núcleos armados» - as milícias - eram a sua «melhor defesa às acções de depradação e exigência do IN» - sendo certo que, a isso, não poderia acudir a tropa portuguesa, pois «não chegava para superar todas as situações». E, por outro lado, vivia-se em período de cessar fogo - se bem que com intervenções pouco pacíficas e até a entrar na área do banditismo fácil, assaltos, roubos, ameaças de morte a quem tinha servido a bandeira de Portugal.
A questão resolveu-se pacificamente - felizmente!!! - após uma reunião com os regedores, que de alguma maneira tutelavam as milícias, a 26 de Outubro. As milícias entregaram armas, voluntariamente, a partir de 28 de Outubro de 1974.
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