Carmona, em 1975, Rua do Comércio. À direita,
subia-se para a praça dos edifícios públicos, onde ficava o Comando a ZMN, Câmara, Tribunal e Correios.
Em baixo, notícia do Diário de Lisboa de 28 de Junho de 1975
A 28 de Junho de 1975, o Alto Comissário português, general Silva Cardoso, criou uma comissão encarregada de organizar a transferência dos funcionários públicos que quisessem abandonar Angola e regressar à metrópole - a Lisboa, Portugal europeu.
O dia 28 era sábado, como hoje, e a semana tinha registado 21 voos para Lisboa, transportando cerca de 3500 pessoas. Havia 25 000 famílias inscritas e estimava-se que já tivessem cerca de 50 000 pessoas tivessem abandonado o território. Previa-se que mais 22 000 famílias se inscrevessem e que os deslocados chegassem aos 150 000.
Os Cavaleiros do Norte, lá pelo Uíge, continuavam a sua missão de protecção de pessoas e bens, embora muito pouco entendidos pela comunidade civil branca. O Batalhão de Cavalaria 8423, porém, lê-se no Livro da Unidade, «está verdadeiramente imbuído do sentido de grandeza próprio do consciente desinteressado e leal desejo de cumprir a missão que lhe está sendo imposta no processo de descolonização».
Estar, estava. E isso, agora recordado, 39 anos depois, não deixa suscitar quaisquer dúvidas. Mas bem nos saiu do corpo!
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