CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 25 de fevereiro de 2018

4 047 - Comandante em Carmona a preparar rotação para o BC12

Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, o último grupo que esteve na Fazenda
Maria Amélia. De pé, NN, Caroço, Guia, Eusébio e Toy. Em baixo, NN, Ângelo
Teixeira, furriel José Carvalho, Jesus e NN. Quem ajuda a identificar os NN´s? 
Carmona, a Zona Militar Norte (ZMN), onde o
comandante Almeida e Brito esteve há 43 anos

O tenente-coronel Carlos José Saraiva de lima Almeida e Brito deslocou-se a Carmona no dia 25 de Fevereiro de 1975, para, na Zona Militar Norte (ZMN), parti-
cipar em mais «uma reunião de traba-
lho» com vista à então cada vez mais provável rotação do BCAV. 8423 para aquela cidade e para o BC12.
O que há semanas se murmurava a rota-
Almeida e Brito.
Cmdt. do BCAV. 8423
ção para a capital do Uíge) estava cada vez mais evidente, em detrimento da ida para Luanda - onde os Cavaleiros do Norte eram reclamados pela Região Militar de Angola (RMA). 
Ao tempo, os comandos militares angolanos optaram por «ul-
timar os aspectos da rendição do BC12», que ia ser (foi) extinto, e, afinal e na prática, substituído pelo BCAV. 8423 - que era comandado, precisamente, pelo tenente-coronel Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito.


Notícia do Diário de Lisboa de há 43 anos
sobre os incidentes em Angola
Calma no Uíge, mas
incidentes por Angola!

Os tempos de há 43 anos iam serenos pelos chãos do Uíge, a tropa portuguesa mantinha a segurança e a paz públicas, mas o mesmo não acontecia por outras bandas de Angola.
As greves em Luanda tornavam tenso o meio urbano e, naturalmente, pertur-
bavam o normal funcionamento do porto e os representantes dos trabalhado-
res apresentaram reivindicações ao Governo e a MPLA, FNLA e UNITA.
A cidade de Salazar (depois, N´Dalatando), não muito longe de Carmona, era palco de incidentes: forças do MPLA cercaram a delegação da FNLA, aos gri-
tos de ordem («abaixo a FNLA imperialista»...), e registaram-se dois mortos civis (um branco e um negro) e dois feridos.
Nova Lisboa, a capital do Huambo, e depois rebaptizada com este nome, no centro do imenso território angolano, foi cenário de «novos combates que opuseram a Facção Chipenda a guerrilheiros do MPLA». 
«Registou-se um morto», noticiava o Diário de Lisboa, acrescentando que no Quifangongo, onde houve um juramento de bandeira do Esquadrão Valório, do MPLA, se registaram incidentes entre as mesmas forças, deles resultando um morto.
... e em 2017
Ângelo Simões
Teixeira em 1974

Teixeira de Santa Isabel
apresentou-se no RC4!

O soldado Teixeira, de transmissões, apresentou-se em Santa Margarida a 25 de Fevereiro de 1974, «por ter sido nomeado para servir no ultramar, com destino à 3ª. CCAV. 8423 do BCAV. 8423/74/RC4».
Ângelo Simões Teixeira rodou do Regimento de Infantaria 1, em Tavira, nessa segunda-feira de há 44 anos, e era natural e residente no lugar de Amoreira Ci-
meira, na freguesia de Portela do Fogo, do concelho de Pampilhosa da Serra. Lá voltou a 11 de Setembro de 1975, no final da comissão em Angola e, actual-
mente, faz vida pessoal e profissional em Alverca do Ribatejo - onde é comer-
ciante da área do calçado, os Armazéns Sitex.

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